
Na vibrante 10ª Conferência Anual do Novo Banco de Desenvolvimento, realizada nesta sexta-feira (4) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma poderosa defesa contra as políticas de austeridade fiscal, propondo a criação de uma moeda alternativa ao dólar para facilitar transações comerciais internacionais. O evento, parte da cúpula do Brics, contou com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff, que reforçou as mensagens de colaboração e solidariedade entre os países do bloco.
“A austeridade, imposta pelas instituições financeiras, resulta em um ciclo vicioso que empobrece ainda mais os mais necessitados. Precisamos mudar essa realidade”, destacou Lula. Ele enfatizou a urgência de um novo modelo de financiamento internacional, livre de condicionalidades que, muitas vezes, exacerbam desigualdades. Para o presidente, o futuro do Brics depende da busca por alternativas ao sistema financeiro dominado pelo dólar. “Se não encontrarmos uma nova fórmula, corremos o risco de repetir os erros do passado”, alertou.
A proposta de desdolarização conta com o apoio de grandes potências como Rússia e China, além do respaldo de Dilma Rousseff. Entretanto, enfrenta obstáculos significativos, especialmente vinda de países como Índia e Emirados Árabes Unidos. Essa mudança já provocou reações intensas, incluindo ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que condicionou a estabilidade das relações comerciais com o Brics à não implementação dessa nova moeda.
Durante o evento, Lula também vocalizou suas preocupações sobre a crescente desordem global, mencionando a situação em Gaza, onde, segundo ele, são evidentes atos de “genocídio”. Para o presidente, a perda de influência de instituições como a ONU reflete um preocupante enfraquecimento do multilateralismo.
Em sua fala, Dilma Rousseff ressaltou a necessidade de um compromisso coletivo entre os países, alertando sobre os perigos das tarifas e sanções, que se tornaram ferramentas de dominação política. “Vivemos em um mundo mais fragmentado e exposto a diversas crises — climática, econômica e geopolítica. O multilateralismo está em risco”, concluiu.
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