Em meio a uma crise política, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou apoio incondicional ao primeiro-ministro François Bayrou. A moção de confiança solicitada por Bayrou pode, potencialmente, levar à sua queda nas próximas semanas. Convocada para um Parlamento profundamente dividido, a proposta visa garantir respaldo para um ambicioso plano de cortes orçamentários que totaliza quase 44 bilhões de euros, ou 278 bilhões de reais.
Bayrou, que busca mitigar um déficit que representa 5,8% do PIB francês em 2024, está enfrentando resistência significativa. Os principais partidos de oposição já deixaram claro que não apoiarão suas iniciativas, tornando a tarefa de obter votos ainda mais desafiadora.
Durante uma reunião de gabinete, Macron reiterou seu “apoio total” ao primeiro-ministro, que é o sexto a ocupar o cargo desde que o presidente assumiu a Presidência em 2017. Em declarações ao canal TF1, Bayrou manifestou ceticismo sobre a possibilidade de dissolver a Assembleia Nacional, ressaltando que isso não traria a estabilidade que a França necessita neste momento crítico.
Com as eleições municipais se aproximando, previstas para março de 2026, o cenário político em Paris é tenso. Alguns membros do grupo de Macron reconhecem que novas eleições legislativas podem ser a única alternativa viável, apesar do receio generalizado de que esse caminho possa trazer mais instabilidade. “Ninguém quer isso, mas pode ser inevitável”, comentou um integrante anônimo da equipe presidencial.
Além disso, o governo enfrenta crescente descontentamento nas ruas, tanto da esquerda quanto da direita. Críticos apontam a falta de ações decisivas em questões urgentes, como o custo de vida e a segurança. A campanha antigovernamental “Bloquons Tout” (Bloqueemos Tudo) tem ganhado força, convocando uma greve nacional para o dia 10 de setembro.
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