Em um discurso impactante transmitido de uma base militar em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um poderoso apelo à paz. Ele pediu ao governo dos Estados Unidos que evite uma escalada militar no Caribe, ressaltando que as divergências entre os dois países não justificam um conflito armado. A insistência em “respeitar a soberania” da Venezuela reflete a tensão crescente entre as nações.
Esse apelo é feito em um contexto delicado, especialmente após a Casa Branca autorizar o abate de caças venezuelanos considerados uma ameaça a navios americanos na região. Além disso, semanas antes, Washington anunciou ter afundado um barco ligado à gangue venezuelana Tren de Aragua, acusada de tráfico de drogas. Esse episódio resultou em 11 mortes, mas a versão dos EUA foi prontamente contestada por Caracas.
Vestido com uniforme militar, Maduro não hesitou em supervisionar a mobilização de milícias civis. Em tom desafiador, ele acusou os EUA de usar alegações de narcotráfico como pretexto para promover mudanças de regime na América Latina. O aumento do efetivo militar americano na região, com mais de 4.000 tropas e embarcações, foi classificado por ele como uma “ameaça de invasão”.
Apesar do tom combativo, o presidente também fez um reconhecimento interessante: afirmou estar “sempre pronto para o diálogo”. Essa postura conciliatória contrasta com declarações passadas, onde convocou cidadãos de até 60 anos para se alistarem no exército, demonstrando a gravidade das ameaças percebidas. A situação é acompanhada de perto por governos vizinhos e organismos internacionais, que alertam para os riscos de um conflito devastador na região.
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