
Na manhã desta terça-feira, 28 de outubro, o Rio de Janeiro amanheceu marcado por uma operação policial que muitos classificam como a mais brutal da história do estado. Reimont, deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, não hesitou em definir a ação como “a maior chacina” já vista, revelando uma angústia que ecoa em todo o estado.
“O Rio de Janeiro inteiro sangra. É inaceitável que operações policiais continuem produzindo morte e medo nas comunidades”, desabafou Reimont. Suas palavras refletem um clamor pela mudança, um pedido urgente para que a luta contra o crime não se converta em uma política de extermínio — especialmente contra as populações mais vulneráveis, que já enfrentam desafios imensos.
Ele criticou abertamente o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirmando que ele “falta com a verdade” ao não buscar auxílio do Ministério da Justiça. “Não pode brincar com a vida das pessoas em busca de disputas político-eleitorais”, declarou, enfatizando a importância de um enfoque preventivo na segurança pública.
Reimont propôs que o Estado adote estratégias focadas em inteligência e prevenção, ressaltando que cada operação que termina em tragédia é um sinal de falência dos serviços de segurança. “Cada tragédia é motivo de luto para toda a sociedade”, completou, em um apelo à responsabilidade e ao respeito à vida.
A operação desta terça-feira envolveu aproximadamente 2.500 agentes das polícias civil e militar, com o objetivo declarado de atacar a facção Comando Vermelho (CV), que controla as áreas dos complexos da Penha e do Alemão. O resultado, porém, foi alarmante: 64 mortes, incluindo quatro policiais, além de dezenas de feridos e mais de 80 detidos.
Moradores da zona norte relataram um cenário devastador, com barricadas, tiroteios incessantes e até drones armados utilizados por criminosos, tornando a operação uma das mais letais já registradas no estado do Rio de Janeiro.
Esta situação nos leva a questionar: até quando as comunidades continuarão a viver sob o medo e a incerteza? A mudança requer uma ação coletiva. Compartilhe suas opiniões e sugestões nos comentários; sua voz é essencial nessa luta por justiça e respeito à vida.