1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

Maior lua de Plutão pode ser “mãe” de outras duas

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A fascinante história de Plutão e suas luas ganha um novo capítulo. Recentes descobertas, apoiadas por observações do Telescópio Espacial James Webb (JWST), revelam que as menores luas de Plutão, Nix e Hidra, podem ter se originado do interior da sua maior lua, Caronte. Essa interação cósmica faz parte de um elaborado quebra-cabeça que os cientistas vêm desvendando.

A origem do sistema de Plutão está arraigada em um cataclismo: a colisão de dois grandes objetos que deu vida ao par Plutão-Caronte e às pequenas luas. Na esteira dessa catástrofe, fragmentos de Caronte se dispersaram, formando um disco de detritos que, com o tempo, se uniu, dando origem a Nix, Hidra, Cérbero e Estige. Essa narrativa ambiciosa ilustra a formação de mundos em nosso Sistema Solar.

A intrigante presença de material carbonáceo na superfície de Nix e Hidra chama atenção. Brian Holler, cientista planetário do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial, sugere que essa característica única pode estar ligada ao interior de Caronte, que vem à tona lentamente. Meteoritos que atingem essas luas e a baixa gravidade delas tornam possível que fragmentos escapem e regressem à superfície de Caronte em um ciclo contínuo de renascimento.

No contexto desse estudo, o JWST se destacou ao permitir que os cientistas analisassem a luz refletida por objetos além de Netuno, revelando características não convencionais em Nix e Hidra. Durante a conferência “Progresso na Compreensão de Plutão: 10 Anos Após o Sobrevoo”, Holler apresentou essas descobertas intrigantes que podem mudar nossa percepção dos corpos transnetunianos.

Após a passagem da sonda New Horizons em 2015, já sabíamos que Nix e Hidra diferiam em forma e composição de outros objetos do mesmo tamanho. Porém, as novas observações do JWST preencheram lacunas entre as análises anteriores, oferecendo um contexto mais rico e complexo. Apesar de não trazerem novidades sobre as luas diretamente, essas observações foram cruciais para entender sua relação com o ambiente cósmico.

Estudos indicam que Nix e Hidra permanecem quase inalteradas ao longo dos bilhões de anos, tornando-se verdadeiras “cápsulas do tempo” do passado de Caronte. Com a intenção de entender mais, a próxima etapa dos pesquisadores com o JWST envolve análises espectroscópicas, buscando identificar traços de amônia que podem estar presentes em suas superfícies. A resposta sobre a origem desta molécula pode desvendar novos mistérios sobre a dinâmica química desses mundos gelados.

Explorar Nix e Hidra abre um leque de possibilidades para compreender outros sistemas dentro do misterioso Cinturão de Kuiper. Se padrões semelhantes forem encontrados em outros corpos, teremos uma visão mais clara da história não apenas de Plutão e Caronte, mas de toda uma região que guarda os segredos da formação do Sistema Solar. E você, o que pensa sobre essas descobertas? Compartilhe suas opiniões e curiosidades nos comentários!

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