Na manhã do feriado da Independência, 7 de setembro, um forte chamamento às vozes silenciadas ecoou na Praça Zumbi dos Palmares, em Brasília. O evento, conhecido como Grito dos Excluídos, atraiu manifestantes que buscavam reivindicar a soberania do Brasil e se opor à anistia concedida a indivíduos suspeitos de envolvimento em atividades golpistas.
Clades Maria Lopes, representante do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos (MTD), destacou que a manifestação visa dar visibilidade às demandas da população marginalizada. “Queremos amplificar essas vozes e garantir que sejam ouvidas e respeitadas”, afirmou a ativista de 53 anos, enfatizando o desejo de um país mais justo e democrático.
Com o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Cuidar da casa comum e da democracia”, o Grito não se limitou a Brasília. Movimentos sociais, sindicais e culturais, em várias cidades, se uniram nesse clamor por dignidade e respeito, contrabalançando o tradicional desfile cívico-militar do 7 de setembro.
Os manifestantes, que começaram a chegar na praça por volta das 9h, se uniram sob bandeiras que clamavam pela justiça social e pelo fim da jornada de trabalho exaustiva de 6×1. Organizações como a CUT ressaltaram que o ato representa a resistência popular contra as tentativas da extrema direita de apropriar-se de uma data tão emblemática.
O Grito dos Excluídos, que começou na década de 90, é um símbolo de resistência frente às desigualdades sociais e econômicas presentes no Brasil. Ele evoluiu para um espaço precioso de mobilização e proposta de políticas públicas, sempre focado em temas fundamentais como educação, saúde e direitos humanos.
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