O juiz Marcelo Bretas, que foi aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), abriu seu coração em uma entrevista à Folha de S. Paulo, revelando reflexões sobre sua trajetória à frente da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Em um reconhecimento corajoso, ele admite que sua atuação não foi isenta de imprudências.
Em meio a essa confissão, Bretas expressa seu descontentamento com a pena máxima imposta pelos conselheiros do CNJ, a qual ele considera desproporcional. Para ele, decisões influenciadas por pressões externas – inclusive de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – são lembranças amargas desse processo.
O CNJ apontou irregularidades significativas em sua conduta, como a autorização de buscas em escritórios de advocacia e a intermediação de conversas entre advogados e procuradores, além de sua atuação durante as eleições de 2018 no Rio de Janeiro, que envolveu candidaturas a governador. Essas questões levantaram sérias interrogações sobre a ética de suas decisões.
Bretas revelou que, ao fomentar um diálogo sobre a delação do empresário Fernando Cavendish antes da formalização do acordo, cometeu um erro ao ser excessivamente ousado. Ele também reconhece que sua presença nas redes sociais poderia ter sido mais cautelosa, enfatizando a importância da discrição em um papel tão delicado.
Apesar das críticas, ele defende a integridade de suas ações, justificando a ousadia como uma postura necessária para alguém que acredita estar agindo dentro da legalidade. “Eu fui ousado. Porque quem está de acordo com a lei não tem o que temer”, afirma, destacando seu compromisso com a verdade, mesmo diante da controvérsia.
E você, o que pensa sobre a posição de Bretas? A sua ousadia é uma virtude ou uma imprudência em um cenário tão conturbado? Compartilhe sua opinião nos comentários.