Recentemente, os Estados Unidos ampliaram suas sanções, mirando agora quatro juízes e promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI). Esta ação, anunciada nesta quarta-feira (20) pelo secretário de Estado, Marco Rubio, visa obstruir processos que, segundo ele, representam uma ameaça à segurança nacional. “Esses juristas tentaram investigar cidadãos dos EUA e de Israel sem a autorização das respectivas nações”, afirmou Rubio, enfatizando a posição do governo americano sobre a intervenção do tribunal.
Entre os sancionados está o juiz francês Nicolas Guillou, presidente do caso que resultou na ordem de prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra na Faixa de Gaza. Netanyahu comemorou as sanções como um passo decisivo contra uma campanha de difamação contra Israel, reafirmando sua confiança na verdade e na justiça.
Além de Guillou, a juíza canadense Kimberly Prost também está entre os alvos das sanções, relacionada à investigação sobre possíveis crimes cometidos durante a guerra no Afeganistão, que envolvem forças americanas. As ações do governo Trump têm sido criticadas, pois rejeitam a legitimidade do TPI, um órgão reconhecido por grande parte das democracias europeias.
Rubio não parou por aí; outros dois promotores, Nazhat Shameem Khan, de Fiji, e Mame Mandiaye Niang, do Senegal, foram igualmente sancionados. O secretário de Estado destacou que suas ações apoiaram mandados de prisão contra figuras políticas israelenses, incluindo Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant.
Este desenrolar de eventos evidencia a postura firme dos Estados Unidos em relação ao TPI e seus aliados. No entanto, a decisão de restringir a entrada de juristas que atuam em processos sensíveis levanta questionamentos sobre a futura relação do país com instituições internacionais. O governo de Trump, em sua posição controversa, parece disposto a confrontar a narrativa do tribunal, especialmente diante de questões de direitos humanos e regras de guerra.
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