Marlon Santos, campeão da Libertadores pelo Fluminense e com uma passagem notável pelo Barcelona, revisita um capítulo de sua carreira marcado por desafios. Recentemente, ele retornou ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, um clube que é um verdadeiro ícone para jogadores brasileiros na Europa. Ao reentrar no time, ele reflete sobre os momentos de tensão que vivenciou no início da guerra Russo-Ucraniana, em 2022, que, de forma abrupta, cortou sua primeira passagem, quando ele só pôde atuar em 22 partidas.
As memórias da incerteza e do medo ainda ecoam na mente de Marlon. “Nós, brasileiros, estivemos unidos o tempo todo e, graças a Deus, conseguimos sair sem problemas. O clube nos ofereceu hospedagem e cuidou de nós durante quatro dias. Em um cenário de guerra, esses dias se arrastam como um mês”, compartilha ele em entrevista à Flashscore. A dor pela perda de vidas e os atentados constantes foram uma marca indelével em seu coração.
Apesar dessas lembranças angustiosas, o desejo de retornar ao Shakhtar sempre esteve presente. “Conversei com meu empresário e deixei claro que, por mais que houvesse outros clubes, minha prioridade sempre seria o Shakhtar. A gratificação de voltar para um time conhecido por abrir portas para brasileiros no futebol europeu é imensa”, revela Marlon.
Essa decisão também foi moldada por um sentimento familiar. “Quando olhávamos a bandeira ucraniana ou falávamos sobre o Shakhtar, eu e minha esposa sentíamos uma paz, mesmo no meio do caos. Sabíamos que era o momento certo de voltar. E aqui estamos, muito felizes e realizados”, conclui o zagueiro, trazendo esperança e determinação em meio à adversidade.
O retorno de Marlon não apenas representa uma nova jornada, mas também revela a força e a resiliência de um atleta que sabe da importância de seguir seus sonhos, mesmo diante das dificuldades. Compartilhe sua opinião sobre a história do Marlon nos comentários abaixo. O que você acha sobre o valor que o Shakhtar dá aos jogadores brasileiros?