
Na última quinta-feira, 30 de outubro, a Polícia Civil do Estado do Pará prendeu preventivamente o médico Felipe Almeida Nunes, vinculado a um caso alarmante de tentativa de feminicídio contra sua namorada, ocorrido em Belém. As imagens de câmeras de segurança relatam a gravidade da situação, mostrando Felipe acelerando o veículo e arrastando a mulher por impressionantes 250 metros.
A ação policial foi a resposta contundente a uma ordem judicial emitida pela Vara de Violência Doméstica e Familiar de Belém, através de uma representação da Delegacia de Feminicídios (DEFEM). As denúncias foram formalizadas após familiares da vítima denunciarem o caso, revelando que as agressões iniciaram após uma discussão entre o casal.
Segundo relatos, durante um desentendimento, Felipe voltou ao carro, e, ao perceber que a namorada tentava recuperar seus pertences, ele partiu com o veículo, arrastando-a pela rua do bairro de Umarizal, uma área nobre da capital paraense. A delegada Adriany Carvalho destacou que as investigações começaram logo depois que os familiares da vítima, de apenas 27 anos, se apresentaram na DEAM.
“A denúncia foi realizada pelos familiares, pelo fato de que, naquele momento, a vítima ainda estava internada. Após alta médica, ela nos procurou, recebeu acolhimento e foi submetida a um exame que confirmou as lesões”, revelou a delegada.
A defesa de Felipe ainda não se manifestou publicamente, enquanto o sítio do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) confirma que o médico possui registro ativo, mas atua como especialista em medicina de família e comunidade, não em psiquiatria. O CRM-PA reafirmou que o ato de violência é um crime comum e não correlacionado ao desempenho da função médica:
“O CRM-PA esclarece que o médico não estava atuando no momento do crime. Todas as condutas que não envolvem o exercício da medicina devem ser investigadas pelas autoridades competentes”, afirmou.
Após se apresentar na delegacia para prestar depoimento, Felipe foi detido e permanece à disposição da Justiça, enquanto a investigação avança. Este caso escandaloso ressalta a urgência de se discutir e combater a violência contra a mulher em todas as esferas da sociedade.
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