2 setembro, 2025
terça-feira, 2 setembro, 2025

Médico suspeito de matar esposa diz que mãe cometeu crime sozinha

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Nos labirintos de uma tragédia familiar, o médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, se vê no centro de uma acusação horrenda: a morte de sua esposa, Larissa Rodrigues, de 37 anos. Ele alega que a verdadeira responsável pelo crime é sua mãe, Elisabete Arrabaça, de 67 anos, sugerindo que ela agiu sozinha. O caso, que abalou Ribeirão Preto, em São Paulo, é envolto em mistério e controvérsias.

Em uma declaração enviada ao site Metrópoles, a defesa de Garnica clamou sua inocência. A nota afirma que a responsabilidade pelo crime recai exclusivamente sobre Elisabete, motivada por questões financeiras. Já suas ações e o súbito interesse por patrimônios depois da morte de Larissa alimentam ainda mais as dúvidas sobre sua versão dos fatos.

Larissa foi encontrada morta em 22 de março. Laudos toxicologistas revelaram que ela havia sido envenenada com chumbinho. A principal suspeita do Ministério Público de São Paulo é que Garnica e sua mãe colaboraram para perpetrar o crime, com um evidente intuito monetário por trás de seus atos.

A narrativa se torna ainda mais complexa quando se analisa a cronologia do crime. No dia em que Larissa foi encontrada, Garnica afirmou que entrou em pânico ao não ouvir a esposa. Ele a encontrou caída no banheiro e, como médico, tentou ressuscitá-la sem sucesso, antes de chamar o Samu. No entanto, a primeira investigação não encontrou provas definitivas; foi somente um laudo subsequente que revelou a presença do veneno em seu sistema.

A promotoria alega que o crime foi premeditado, revelando uma possível relação extraconjugal de Garnica, que foi descoberta por Larissa. Com o divórcio se aproximando, as motivações financeiras emergem: a divisão de bens e dívidas familiares poderiam impactar drasticamente sua segurança financeira. “A situação não era confortável para ele”, explica o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, expondo um cenário de desespero que poderia ter desencadeado o crime.

Elisabete, a sogra, teria utilizado uma estratégia insidiosa para envenenar Larissa lentamente, levando comidas envenenadas durante visitas. A investigação revela que a professora apresentou sintomas de mal-estar sempre que a sogra estava por perto, culminando em uma dose fatal no dia anterior à sua morte. Elisabete até pesquisou na internet os efeitos do veneno, uma evidência que, segundo o promotor, indica o premeditado do crime.

As coisas tomaram um rumo ainda mais sombrio quando se descobriu que Elisabete já tinha outro crime em seu passado: a morte de sua filha, Nathalia Garnica, também sob circunstâncias suspeitas. A exumação do corpo revelou que ela tinha morrido da mesma forma. Com Elisabete como principal suspeita, a conexão entre as mortes reforça a ideia de um padrão de comportamento, sempre relacionado a interesses financeiros.

A acusação formal, que inclui Elisabete e Garnica, classifica o caso como um “feminicídio qualificado”, sustentando que a natureza do crime foi cruel, por meio do envenenamento, e com motivos torpes, refletindo uma profunda traição familiar.

A defesa de Elisabete contesta a prisão preventiva, argumentando que não há evidências concretas de risco à ordem pública, e que a prisão está mais próxima de uma antecipação de pena do que um verdadeiro compromisso com a justiça. O defensor promete lutar por sua liberdade, defendendo que ela deve responder às acusações em liberdade, conforme prevê a lei.

Este caso trágico ilustra não apenas a complexidade das relações familiares, mas também como interesses financeiros podem levar a atos impensáveis. Convidamos você, leitor, a compartilhar sua opinião sobre esta história impactante. O que você pensa sobre os desdobramentos desse caso?

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