13 setembro, 2025
sábado, 13 setembro, 2025

Médicos e universitários protestam contra vetos de Milei à saúde na Argentina

Compartilhe

Manifestação em Buenos Aires

Na vibrante Praça de Maio, a alma de Buenos Aires se tornou o palco de uma luta coletiva. Médicos, enfermeiros do Hospital Pediátrico Garrahan e universitários se uniram em um poderoso protesto no dia 12 de outubro, clamando por justiça e recursos que garantam a dignidade em suas práticas e estudos. O motivo? Os vetos do presidente Javier Milei a aumentos de fundos que são cruciais para a saúde e educação, num cenário já marcado por ajustes severos.

Milei, em seus 21 meses de mandato, optou, na quarta-feira anterior, por vetar um projeto fundamental que visava aumentar o orçamento universitário, em uma tentativa de acompanhar a inflação em alta e os atrasos salariais acentuados. Além disso, vetou um projeto que permitiria contribuições do Tesouro Nacional para as províncias, contradizendo sua convocação aos governadores para um diálogo político após um revés eleitoral significativo nas eleições legislativas da província.

A indignação reapareceu na forma de faixas e gritos que ecoavam pela cidade, expressando a urgência e determinação dos manifestantes. Com o apoio de sindicatos e movimentos de esquerda, a manifestação também marcou uma greve de 24 horas no Hospital Garrahan e nas universidades, refletindo a insatisfação crescente em setores que se sentem cada vez mais desvalorizados e abandonados.

E as ações não param por aí. Na próxima quarta-feira, os setores afetados se reunirão novamente para um protesto em frente à Câmara dos Deputados, onde se debaterão os vetos presidenciais. Para a aprovação das alterações necessárias, será preciso um consenso que atualmente parece distante, dado que o governo não possui maioria nas câmaras.

A estratégia política do presidente, marcada por uma rejeição clara dos apelos populares, encontra resistência nas ruas. Recentemente, o Congresso também reprovou um veto a uma lei que aumentava fundos para pessoas com deficiência, em meio a escândalos de corrupção que ameaçaram seu governo. Em meio à agitação, os manifestantes exibiam faixas com a inscrição “3%”, uma alusão ao percentual de subornos que agora está nas mãos da justiça.

Ainda que Milei tenha reconhecido uma “clara derrota” nas urnas, ele se não demonstrou intenção de mudar o rumo econômico. Na próxima segunda-feira, ele apresentará a proposta do orçamento de 2026 à nação, prometendo manter seu caminho de rigor fiscal e monetário, mesmo diante das tensões do mercado.

O que você pensa sobre a situação atual em Buenos Aires? Como você vê o futuro para a saúde e a educação sob essas circunstâncias? Compartilhe suas opiniões e reflexões nos comentários!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você