21 agosto, 2025
quinta-feira, 21 agosto, 2025

Medida de proteção aos exportadores terá impacto fiscal pequeno, afirma Alckmin

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Durante um evento realizado pelo banco Santander, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou a medida de proteção “Brasil Soberano”, que promete mitigar os impactos das novas tarifas de importação dos Estados Unidos. Segundo Alckmin, essa iniciativa terá um impacto fiscal “pequeno”, voltando-se para a proteção dos exportadores brasileiros.

O governo federal introduziu uma Medida Provisória que liberará R$ 30 bilhões em linhas de crédito para apoiar as empresas afetadas. O plano também inclui duas frentes de assistência: a devolução de impostos por meio do programa Reintegra, que vai devolver 3% para médias e grandes empresas e 6% para pequenas e microempresas, e o adiamento de impostos, que suspenderá a cobrança tributária por um período mínimo de dois meses.

Alckmin enfatizou que essa estratégia não resultará em novos gastos para o governo, mas na devolução de tributos que, conforme a legislação, não deveriam ser aplicados aos produtos exportados. “Esse dinheiro não é do governo, é do setor privado, é do exportador. A exportação não pode pagar imposto. Faremos a devolução imediata”, disse ele.

Economistas, no entanto, alertam que mesmo um impacto fiscal pequeno pode ser motivo de preocupação, considerando que aproximadamente 70% do PIB brasileiro já está comprometido com a dívida pública. Apesar disso, o governo mantém o otimismo em relação a essa iniciativa.

Além disso, enquanto a medida avança, o governo brasileiro segue em negociações com os Estados Unidos para tentar reduzir ou eliminar as altas tarifas, que chegam a 50%. O objetivo é ampliar a lista de produtos brasileiros isentos de taxação.

Como parte da estratégia de diversificação do mercado e de diminuição da dependência de grandes parceiros comerciais, o Brasil formalizou um novo acordo com a Indonésia para a exportação de carne bovina. Essa parceria inclui a comercialização de ossos, miúdos e outros produtos cárneos, aproveitando o potencial da Indonésia, que é o quarto país mais populoso do mundo, com quase 300 milhões de habitantes.

Com um comércio de cerca de 4 bilhões de dólares entre os dois países em 2023, o governo brasileiro espera que essa nova parceria amplie significativamente as operações comerciais, ajudando a compensar as perdas decorrentes das barreiras comerciais recentes.

Como você vê essa estratégia do governo? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre as medidas adotadas para proteger os exportadores!

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