16 agosto, 2025
sábado, 16 agosto, 2025

Mentorado de Marçal é suspeito de alugar e sumir com 40 caminhões

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“Ele era motorista de caminhão. Hoje, ele tem uma das maiores empresas de logística da América Latina.” Com essas palavras, Pablo Marçal, coach e influenciador, apresentava em 2024 seu famoso mentorado, Vanderson de Melo, em uma palestra. A história de Vanderson, que promete inspirar, também esconde um lado obscuro que começou a emergir.

Ao lado de Marçal, Vanderson não só apoiou sua campanha para a Prefeitura de São Paulo, como se tornou uma figura conhecida em eventos públicos e debates. Carros de luxo e viagens internacionais exibem uma vida de sucesso em suas redes sociais, enquanto investigações revelam uma narrativa bem diferente por trás do glamour.

Em 2020, a empresa de Vanderson, Grupo Brasil Novo, firmou um aluguel ousado de 40 caminhões com uma gigante do setor de logística. Porém, os ventos mudaram e, após uma crise financeira, ele deixou de quitar as mensalidades, acumulando uma dívida de R$ 7,2 milhões e, além disso, não retornou os caminhões.

A Justiça foi acionada e autorizou buscas para reaver a frota. Contudo, 18 caminhões continuam desaparecidos. Outros 22 foram escondidos de maneiras engenhosas—alguns tiveram suas placas trocadas, enquanto outros foram levados para locais remotos, afastados da sede da empresa e sem rastreamento.

O esquema de troca de placas permite que os caminhões rodem sem o risco de serem rastreados, tornando-se um verdadeiro jogo de gato e rato entre a Justiça e Vanderson. Após uma série de operações policiais, onde caminhões foram descobertos com placas frias, a situação se complicou ainda mais para o empresário.

Advogados da empresa proprietária dos caminhões se depararam com veículos cobertos em terrenos de cidades como Redenção, no Pará, e até em outros estados, revelando uma rede de operações furtivas. Recentemente, até caminhões foram vistos sendo transportados em caçambas de outros veículos, uma tentativa desesperada para escapar das autoridades.

No dia 23 de setembro, após a reportagem do Metrópoles ser divulgada, Vanderson recorreu às redes sociais para dar sua versão da história. Alegou que a empresa passou por um “blackout financeiro”, e que explorava a possibilidade de reduzir suas operações, sem mencionar as irregularidades envolvendo os caminhões. “Nas dificuldades, as críticas são sempre mais numerosas”, declarou, tentando mudar a narrativa sobre seu negócio.

As camadas de uma história que parecia de sucesso agora revelam disputas legais e uma crise financeira. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe seus pensamentos nos comentários e participe da conversa!

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