18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Mercado reage com cautela à tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros

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Imagem ilustrativa sobre tarifas e mercado

A recente decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros tem elevado a incerteza nos mercados, refletindo diretamente na volatilidade do mercado financeiro nacional. O Ibovespa registrou uma queda de 3,20% ao longo da semana, enquanto o dólar fechou na sexta-feira (11) com leve alta de 0,1%, cotado a R$ 5,5479.

As implicações dessa medida são vastas, atingindo setores-chave da economia brasileira, como petróleo, aço, café e carne bovina. Empresas como a Embraer, que depende de cerca de 23,8% de sua receita das exportações para os EUA, estão entre as mais vulneráveis. Outros nomes conhecidos, como Suzano e Tupy, também podem sentir os efeitos negativos dessa política comercial.

Além disso, a nova tarifa reascende o temor de uma guerra comercial. Durante a manhã de sexta, o dólar chegou a subir quase 1%, refletindo a apreensão no mercado, mas a alta foi contida após Trump sugerir a possibilidade de diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula não hesitou em criticar as justificativas de Trump e declarou que o Brasil pretende buscar diálogo, mas também se resguardará com a Lei da Reciprocidade Econômica, que permitiria a imposição de tarifas em resposta. “Queremos negociar, mas com respeito às nossas decisões”, declarou o presidente em entrevista ao Jornal Nacional.

Essa lei permite que o Brasil responda rapidamente às ações comerciais adversas, embora Trump tenha advertido que, caso o Brasil reaja, novas tarifas sobre produtos brasileiros poderão ser introduzidas. Economistas alertam que a medida pode acarretar aumento de inflação e uma desaceleração econômica, já que um dólar mais caro encarece produtos importados e eleva os preços internos, desafiando o Banco Central a manter as taxas de juros em 15%, o maior nível em quase duas décadas.

Por outro lado, o Ministério da Fazenda acredita que a influência no crescimento do PIB em 2025 será moderada e pontual. A previsão de crescimento para 2024 foi elevada, passando de 2,4% para 2,5%.

Entretanto, o Brasil não está sozinho neste cenário de tensão comercial; Trump notificou líderes de 23 países sobre tarifas mínimas, com o Canadá recebendo uma tarifa de 35% por supostas falhas no combate ao tráfico de fentanil. O presidente também indica que tarifas adicionais para a União Europeia estão por vir, intensificando a aversão ao risco nos mercados globais.

Como você vê essa situação? Acredita que o Brasil deve retaliar ou buscar um acordo com os EUA? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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