30 julho, 2025
quarta-feira, 30 julho, 2025

Mercado reduz projeção de inflação para 2025, mas expectativa segue acima da meta

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Mercado financeiro dá um leve respiro nas previsões de inflação, mas desafios permanecem

Em um cenário que ainda se mostra desafiador, as instituições financeiras apresentaram um pequeno ajuste nas expectativas de inflação para 2025. O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central, revelou que a previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 5,10% para 5,09%. Contudo, este índice permanece acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%.

Para os anos subsequentes, a projeção para 2026 foi levemente ajustada de 4,45% para 4,44%, enquanto para 2027 e 2028, os números se mantiveram em 4% e 3,8%, respectivamente. Vale ressaltar que a meta central para todos esses anos é de 3%, com um intervalo de tolerância de até 1,5 ponto percentual.

Apesar de uma leve desaceleração percebida nos índices, a inflação ultrapassa a meta por seis meses consecutivos, levando o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a se dirigir ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma carta pública. Nesta, Galípolo expõe que os aumentos de preços foram motivados por fatores como o aquecimento da atividade econômica, flutuações cambiais e oscilações nos custos de energia elétrica, além de condições climáticas adversas.

Por outro lado, a taxa Selic permanece em 15% ao ano, uma decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última reunião. Esta marca representa o sétimo aumento consecutivo, surpreendendo muitos analistas que esperavam uma manutenção na taxa. Na ata da reunião, o Copom indicou a possibilidade de manter a Selic nesse nível nas próximas avaliações, mas não descartou novos ajustes, dependendo do comportamento inflacionário. A próxima reunião acontece entre terça (29) e quarta-feira (30).

A previsão da Selic foi mantida em 15% até o final de 2025, com expectativas de redução para 12,5% em 2026 e novos cortes para 10,5% e 10% em 2027 e 2028, respectivamente. A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controle da inflação; seu aumento encarece o crédito e tende a desacelerar o consumo, enquanto a sua diminuição pode estimular a economia, mas com riscos maiores de descontrole inflacionário.

PIB e expectativas sobre o câmbio

A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,23%. Para 2026, houve uma leve alteração, passando de 1,88% para 1,89%, e as projeções para 2027 e 2028 continuam em 2% ao ano. O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador da saúde econômica.

O setor agropecuário, por sua vez, contribuiu para um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, conforme indica o IBGE. O Brasil já havia registrado uma expansão de 3,4% em 2024, o maior crescimento desde 2021. Quanto ao câmbio, a previsão para o dólar ao final de 2025 caiu de R$ 5,65 para R$ 5,60, mantendo a expectativa de R$ 5,70 em 2026.

O Boletim Focus, uma publicação semanal do Banco Central, é gerado com base nas estimativas de mais de 100 instituições financeiras e serve como um valioso termômetro das expectativas do mercado sobre os principais indicadores econômicos do Brasil.

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