Uma tempestade de controvérsias ronda a Meta, com um ex-funcionário trazendo à tona graves acusações. Samujjal Purkayastha, ex-gerente de produtos da Meta Shops, alega que a empresa violou proteções de privacidade da Apple, implementando práticas enganosas para rastrear usuários iOS sem consentimento. A situação se torna ainda mais alarmante ao considerar os impactos financeiros que isso poderia ter para a Meta, estimados em cerca de US$ 10 bilhões.
Purkayastha, ao levar suas preocupações aos superiores, descobriu que a Meta estava burlando as mudanças de privacidade introduzidas pela Apple em 2021, projetadas para limitar o rastreamento de usuários. O ex-gerente chegou a ser demitido após este alerta, um sinal de que a cultura dentro da empresa pode estar mais preocupada com lucros do que com a ética.

As alegações de Purkayastha se estendem ao modo como a Meta manipulou o retorno sobre investimento em anúncios (ROAS), inflacionando suas métricas em 17% a 19%. Isso foi feito através da inclusão de taxas de frete e impostos nas vendas, resultando em uma máscara que cobrindo a real performance das campanhas publicitárias. Ao ajustar para essa inflação artificial, a empresa não conseguiu cumprir as metas anunciadas.
Outro ponto alarmante na denúncia é a prática da empresa em cruzar dados de usuários da Apple com outras informações para monitorar atividades fora de suas plataformas, tudo sem o consentimento necessário. A Meta, assim como outras gigantes das redes sociais, depende do rastreamento para segmentar públicos e otimizar seus anúncios, mas a situação se complicou desde a introdução da Transparência de Rastreamento de Aplicativos pela Apple.

Para contornar essas restrições, Purkayastha revelou que a Meta tentou inicialmente utilizar algoritmos de aprendizado de máquina para prever comportamentos dos usuários, mas sem obter os resultados esperados. Em resposta, a empresa recorreu à técnica de “correspondência determinística”, que infringe as diretrizes da Apple ao coletar e cruzar dados sem autorização.
O desfecho desta saga aponta para um padrão preocupante no uso de dados e na ética empresarial da Meta. À medida que a situação se desenrola, a empresa nega as acusações, afirmando que a integridade de suas práticas publicitárias é totalmente confiável. Contudo, a Justiça foi menos indulgente com o pedido de tutela do ex-funcionário, justificando que sua demissão poderia estar baseada em questões pessoais ou políticas internas.

O impacto das ações da Meta não se limita apenas a uma questão financeira; ele atinge a base da confiança dos usuários em como suas informações são tratadas. E você, o que pensa sobre a forma como as empresas estão lidando com a privacidade dos usuários? Sinta-se à vontade para compartilhar sua opinião nos comentários abaixo!