Nos bastidores do governo Lula, ministros analisam a recente prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e levantam questões intrigantes. De acordo com relatos, a participação do ex-presidente em um ato por vídeo no dia 3 de agosto pode não ser o único fator que levou à decisão do ministro Alexandre de Moraes. Conversas confidenciais entre auxiliares revelam a desconfiança de que há mais elementos envolvidos. “Acho que tem mais coisa aí. Não se esqueça de que eles estão com esses telefones apreendidos há quase 20 dias”, comentou um dos ministros, acrescentando um ar de mistério à situação.
Essa reflexão remete à operação policial ocorrida em 18 de julho, quando, sob ordem de Moraes, a Polícia Federal apreendeu o celular de Bolsonaro e realizou buscas em suas residências. Nesse dia, o ex-presidente também passou a usar uma tornozeleira eletrônica, elevando a atenção sobre suas ações. Entretanto, até agora, nada do conteúdo apreendido nas investigações foi divulgado. A PF apenas informou que o material de um pen drive encontrado nas buscas era irrelevante para o inquérito.
Apesar das dúvidas que pairam no ar, há uma análise em curso entre os ministros que indica que Bolsonaro pode, de certa forma, ter provocado sua própria prisão. “Ele pediu, né? Sabia que estava proibido e mesmo assim participou”, comenta um auxiliar presidencial, reforçando a ideia de que a situação poderia ter sido um ato deliberado.
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