Os Ministros das Relações Exteriores de vários países europeus, incluindo Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, Eslovênia e Espanha, manifestaram a sua profunda preocupação com a intensificação da ofensiva militar israelense em Gaza. Em um comunicado claro e contundente, expressaram que a recente decisão do governo israelense aprofundará a crise humanitária e aumentará ainda mais os riscos à vida dos reféns mantidos pelo Hamas.
Os chanceleres destacaram que essa operação não só causará um número inaceitável de mortes, mas também resultará no deslocamento forçado de quase um milhão de civis palestinos, intensificando a tragédia humanitária da região. Para eles, essa escalada no conflito representa um sério obstáculo à implementação da solução de dois Estados, a única via viável em direção a uma paz abrangente e duradoura.
“Rejeitamos veementemente qualquer alteração demográfica ou territorial no Território Palestino Ocupado, pois tais ações violam o direito internacional e o direito humanitário”, afirmaram, enfatizando que a Faixa de Gaza deve ser parte integrante do Estado da Palestina, juntamente com a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. O reconhecimento mútuo entre Palestina e Israel é visto como a melhor garantia de segurança para ambos os lados e um passo fundamental para a estabilidade regional.
Além disso, os ministros clamaram por um cessar-fogo imediato e permanente, pedindo a libertação de todos os reféns e a entrada irrestrita de ajuda humanitária em Gaza. Eles enfatizaram que o Hamas não pode ter futuro na governança ou na segurança de Gaza e que precisa ser desarmado para que se possa vislumbrar uma solução pacífica.
Em resposta a estas declarações, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para discutir os planos de Israel para a Cidade de Gaza, questionados pelo secretário-geral António Guterres como uma “perigosa escalada”. A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos dessa situação crítica.
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