7 agosto, 2025
quinta-feira, 7 agosto, 2025

Moody’s avalia que América Latina tem exposição corporativa moderada a tarifas de Trump

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Com o novo regime de tarifas de importação estabelecido pelos Estados Unidos, a Moody’s avaliou a exposição corporativa da América Latina a essa mudança, considerando-a moderada. De acordo com a agência de risco, aproximadamente 70% das empresas da região estão em uma posição moderada em relação aos impactos das novas alíquotas; 17% enfrentam um leve impacto, enquanto apenas 13% devem ser significativamente afetadas. Este estudo abrangeu cerca de 3,5 mil empresas não financeiras globalmente, incluindo 140 na América Latina, que foram analisadas quanto à sua vulnerabilidade às tarifas norte-americanas.

Entre as conclusões mais relevantes, destaca-se que a maior parte da exposição das empresas está relacionada à China, sendo a incerteza comercial uma preocupação mais premente para os exportadores mexicanos do que para outras economias da região, que dependem mais de commodities do que de produtos manufaturados. Além disso, as empresas com relações diretas com os EUA, especialmente as indústrias automotiva e de aeronaves, são as mais impactadas. A Moody’s observou que as montadoras enfrentam desafios crescentes devido ao estresse do consumo derivado das tarifas.

Outro ponto importante é a influência das tarifas sobre o crescimento econômico na América Latina. A Moody’s acredita que as tarifas dos EUA devem desacelerar o crescimento em diversos países, afetando negativamente a renda discricionária e o consumo. Com a média de 21% das empresas com alto grau de exposição a fatores macroeconômicos, a maioria das organizações latino-americanas ainda mantém uma saúde de crédito relativamente estável, com apenas 9% estando diretamente ligadas ao comércio e 10% afetadas pela volatilidade financeira.

Particularmente, México e Brasil enfrentam tarifas mais severas, com o Brasil lidando com uma nova tarifa de 50% que entrou em vigor em agosto. No entanto, algumas isenções foram anunciadas para produtos como aeronaves civis e suco de laranja, o que representa uma leve vantagem para alguns setores. O Chile, por sua vez, ostenta uma alta exposição macroeconômica em setores como metais, químicos e produtos florestais.

Essa configuração revela a complexidade do cenário econômico latino-americano e a forma como as tarifas podem reconfigurar as dinâmicas de mercado. Como você vê a abordagem das empresas diante desse contexto desafiador? Comente abaixo suas opiniões e insights!

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