A noite de sexta-feira, 1° de agosto, foi marcada por um trágico incidente no bairro do Curuzu, em Salvador. Ivonei de Assis da Cruz, de 40 anos, um querido líder comunitário e músico, perdeu a vida em uma ação policial que muitos moradores contestam. Ele era o idealizador da banda Curuzu City e era amplamente conhecido por seu trabalho na comunidade.
De acordo com testemunhas, Ivonei estava voltando de uma apresentação quando foi surpreendido por policiais. Em uma declaração emocionada, a advogada Aline Silva afirmou: “Ivonei era uma pessoa do bem, amava onde morava e nunca se envolveu com a criminalidade. Foi abordado enquanto comprava um pastel, e a polícia o alvejou na cabeça.” Com relatos de que ele tentou se identificar como morador da área, a impaciência dos policiais acabou em tragédia.
Na versão da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Ivonei teria trocado tiros com os policiais, mas amigos e familiares rejeitam essa afirmação. Uma manifestação realizada no domingo (3) expressou a indignação da comunidade, onde pneus foram queimados na Estrada da Liberdade, clamando justiça pelo músico e pela verdade.
O sepultamento de Ivonei acontecia no mesmo dia da manifestação, no Cemitério Quinta dos Lázaros. A PM informou que uma investigação está em andamento para esclarecer os detalhes da ação, e revelou que foram apreendidos armas e drogas. A comunidade, no entanto, continua abalada e em busca de respostas.
Ainda na mesma noite, no bairro da Liberdade, um tiroteio resultou em duas pessoas atingidas por balas perdidas, que também não tinham envolvimento com crimes. Essas vítimas foram hospitalizadas, aumentando a preocupação sobre a segurança na região. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia comunicou que reforçou o policiamento na área.
A dor da comunidade e a luta por justiça ecoam nas vozes de aqueles que conheciam Ivonei. A sua perda representa não apenas uma tragédia pessoal, mas um apelo por mudanças nas práticas da polícia e na segurança dos cidadãos. Como você vê essa situação? Compartilhe sua opinião e vamos discutir juntos.