
O ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou autorização para a visita de quatro médicos enquanto se recupera em prisão domiciliar. A decisão foi proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que equiparou os médicos a familiares nas regras de visitação, dispensando a necessidade de autorização prévia. Esse acesso acontece em meio a uma crise de soluço que afetou a saúde de Bolsonaro.
Moraes destacou, no entanto, que qualquer necessidade de internação deve ser comunicada ao STF em até 24 horas. Entre os médicos autorizados estão Cláudio Birolini, responsável pela última cirurgia do ex-presidente, e outros especialistas que compõem a equipe de cuidados: Luciana de Almeida Costa Tokarski, Eramos Tokarski e Leandro Santini Echenique.
Apesar da autorização, Moraes enfatizou que as medidas restritivas devem ser rigorosamente cumpridas, impedindo o uso de celulares e a realização de gravações em vídeo durante as visitas.
A prisão domiciliar de Bolsonaro iniciou após um vídeo polêmico que seu filho, Flávio Bolsonaro, publicou nas redes sociais, no qual o ex-presidente faz um discurso em uma manifestação. Esta gravação foi rapidamente removida, mas não sem consequências.

Os atos de apoio a Bolsonaro se espalharam por várias capitais do país, incluindo Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Em um desses eventos, o senador Flávio Bolsonaro fez uma chamada de vídeo para seu pai, na qual o ex-presidente agradeceu aos apoiadores, clamando: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

Enquanto isso, a Polícia Federal deu início à análise do conteúdo do novo celular de Bolsonaro, um Samsung Galaxy S24, que foi apreendido no momento em que o ex-presidente chegava em sua residência em Brasília. Os delegados da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) estão responsáveis por essa investigação, focada em apurar possíveis coordenações relacionadas à manifestação.
As investigações estão a cargo de Moraes, que já havia determinado a apreensão de um primeiro aparelho no dia 18 de julho. Com as novas diretrizes, Bolsonaro agora enfrenta não apenas a proibição de uso de dispositivos móveis mas também a expectativa de resultados das investigações que podem implicar seu filho em possíveis tentativas de obstrução. A situação resta tensa, com desdobramentos que podem impactar profundamente a política nacional.
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