A história do senador Marcos do Val (Podemos-ES) ganhou novos contornos quando suas contas, cartões e transações via Pix foram abruptamente bloqueadas. O responsável? O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma manobra surpreendente, o senador viajou aos Estados Unidos, mesmo com seu passaporte retido, e relatou ao colunista do Metrópoles, Paulo Cappelli, que Moraes tinha determinado o bloqueio das suas finanças.
Marcos do Val, sob a suspeita de obstrução de Justiça, desatou polêmicas ao expor informações sobre o delegado da PF Fábio Schor, que está à frente das investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e figuras próximas a ele. Ele afirma que sua viagem foi prévia e devidamente comunicada ao STF, e refuta qualquer irregularidade em seus atos. Por outro lado, o Supremo prefere não se pronunciar sobre o caso, mantendo o inquérito em sigilo.
“Apesar de está (sic) sofrendo graves violações das minhas prerrogativas parlamentares, até o momento, não há qualquer decisão judicial válida que restrinja a minha liberdade de locomoção. Continuo exercendo plenamente meu mandato e mantendo agendas institucionais”, declarou do Val em nota.
Em sua defesa, o senador ressalta que possui um visto válido para entrar nos EUA, que foi renovado recentemente por mais uma década. Ele menciona que seu passaporte diplomático, emitido em março de 2023, está livre de quaisquer restrições até 2027. No entanto, a situação se complicou quando, após a decisão de Moraes de bloquear suas contas, Marcos do Val decidiu alterar seus planos, seguindo para Washington ao invés de retornar ao Brasil após um recesso parlamentar.
A trajetória de Marcos do Val é marcada por controvérsias. Desde que alegou que o governo de Jair Bolsonaro o pressionou a gravar uma reunião com o ministro Moraes, suas versões foram se alterando, levando-o a ser alvo de um inquérito em fevereiro de 2023. Ele se viu envolvido em uma espiral de desmentidos, acusações e uma desconcertante operação da PF, resultando no afastamento de seu cargo por 40 dias.
Com um novo capítulo se desenrolando em 2024, o senador novamente foi alvo de uma ação que limitou seu uso nas redes sociais, após publicar críticas ao delegado Fábio Schor. Moraes determinou que entregasse seus passaportes, algo que não fez imediatamente, alegando que o faria em uma data posterior. O bloqueio de R$ 50 milhões em suas contas só agravou suas dificuldades financeiras, levando-o a afirmar que, em instantes de desespero, consideraria passar a noite no plenário do Senado.
O caso de Marcos do Val ilustra as tensões no cenário político atual, onde a luta por prerrogativas parlamentares e a justiça se entrelaçam de maneira complexa. Agora, o que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.