Em um desdobramento inesperado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Débora Rodrigues, a mulher que se tornou notória ao escrever “Perdeu, mané” na estátua em frente à Corte, receba assistência espiritual em sua residência. Essa decisão veio à tona na segunda-feira (7/7), e demonstra uma abordagem atenta às necessidades pessoais da ré.
Moraes, em sua decisão, destacou que a solicitação foi atendida com base no artigo 21 do Regimento Interno do STF. Ele estipulou que a defesa de Débora deve informar previamente as datas e horários das visitas, assim como a identidade dos pastores que prestarão assistência religiosa. Essa medida reflete a busca por um cuidado mais humano dentro do sistema de justiça.
Débora foi condenada em abril a 14 anos de prisão por sua participação nos tumultos de 8 de Janeiro, onde manifestantes invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. O fato de ter desenhado a frase com batom na estátua da Justiça transformou-a em uma figura emblemática das manifestações, atraindo tanto apoio quanto críticas.
Além da punição severa, a defesa argumentou a favor do auxílio espiritual devido a uma condição de “vulnerabilidade espiritual e emocional”. A petição revelou que Débora é uma fiel atuante da Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde exercia papéis significativos e, portanto, sua saúde emocional precisa de atenção especializada.
O pedido de assistência religiosa busca proporcionar a Débora um apoio pastoral contínuo, essencial em sua situação de reclusão. A autorização busca não apenas respeitar sua fé, mas também auxiliar na preservação de seu bem-estar emocional enquanto cumpre a pena imposta.
Ao longo do processo, a condenação de Débora e as consequências de seus atos viraram alvo de debates acirrados, especialmente entre políticos da oposição, que foram rápidos em criticar as sentenças do STF. A controvérsia sobre as penas aplicadas reflete a complexidade do momento político atual, onde alguns veem a decisão judicial como uma forma de opressão.
Como você enxerga essa decisão de proporcionar auxílio espiritual a um dos rostos emblemáticos daquela manifestação? Deixe sua opinião nos comentários!