20 agosto, 2025
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Motorista diz que PM a provocou: “Tinha de ser mulher ao volante”

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Imagem da Confusão

Em uma tarde de maio, sob o céu de Taguatinga Sul, o inesperado estourou em uma via movimentada. Karla Christinna Pereira, 43 anos, dirigia seu Renault verde-musgo, aguardando a passagem de um carro que vinha em contramão, quando a situação tomou um rumo hostil. O sargento Antônio Haroldo Camelo da Silva, 50 anos, encostou seu Peugeot branco e, em meio a buzinadas, iniciou uma provocação que mudaria o dia de ambos para sempre.

A tensão aumentou rapidamente. De acordo com o relato de Karla, após tentar sinalizar que estava apenas aguardando, o policial usou a frase: “Tinha de ser mulher ao volante”, disparando uma série de insultos. A escalada verbal logo se tornou física. Karla se aproximou, e a discussão se intensificou, com o clima carregado de agressividade em plena luz do dia.

As câmeras de segurança da região capturaram o tumulto quando, em um impulso, Karla bateu no vidro do sargento. Isso provocou uma reação violenta: empurrões, ofensas e uma sequência de agressões culminaram em um momento dramático. Karla chegou a se colocar sobre o capô do Peugeot na tentativa de impedi-lo de se afastar. No entanto, a ação resultou em queda, e, em meio à confusão, seu celular foi danificado e sua bolsa furtada.

A brutalidade da situação não passou despercebida. Moradores do edifício nas proximidades, que testemunharam a cena, rapidamente intervieram, afastando o policial e oferecendo ajuda a Karla. Sua agonia não estava apenas nos ferimentos físicos: o impacto emocional da violência e da humilhação por parte de um agente do Estado ilustra uma questão mais profunda de respeito e dignidade em situações cotidianas.

Em resposta à gravidade do ocorrido, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) agiu: suspendeu o sargento de suas funções e abriu uma investigação rigorosa sobre o incidente. “As imagens do circuito de segurança mostram um ato covarde”, afirmou a corporação, reiterando seu compromisso com o combate à violência de gênero, uma prioridade da instituição.

Enquanto a investigação prossegue, a história de Karla e do sargento ressoa como um alerta para a sociedade sobre os perigos da violência e do preconceito enraizados. O que deveria ser um simples dia de trafegar pela cidade transformou-se em um relato de superação e resistência.

Convidamos você a refletir sobre essa situação. Que outras histórias semelhantes você já ouviu? Compartilhe suas experiências ou pensamentos nos comentários abaixo.

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