12 agosto, 2025
terça-feira, 12 agosto, 2025

Motoristas relatam medo e constrangimento com atuação de flanelinhas

Compartilhe

Flanelinhas trabalham até nas  áreas da Zona Azul

Na ensolarada Salvador, a cena é familiar e perturbadora. Motoristas se deparam com flanelinhas que exigem pagamento por vagas, transformando a simples tarefa de estacionar em uma situação de medo e desconforto. Esta realidade é particularmente angustiante para as mulheres, que muitas vezes sentem-se vulneráveis ao enfrentar essas cobranças. As opiniões são claras: algo precisa ser feito para restaurar a ordem e a segurança nas ruas.

Um desabafo de uma aposentada resume a angústia vivida: “Você tem que dar, eles estipulam um valor e você tem que pagar. Quando é mulher, ainda é pior. A gente fica constrangida.” Essa sensação de coação se torna rotina em locais movimentados, como a orla e o centro, onde a presença de flanelinhas é constante e as cobranças, abusivas.

Esses profissionais informais não se limitam a áreas de baixa regulamentação; muitos atuam em estacionamentos onde a Zona Azul está estabelecida, desafiando a fiscalização da Transalvador. Um flanelinha revelou que ele e seus colegas se sentem no direito de expulsar os agentes da prefeitura de áreas que consideram suas, intensificando a luta entre flanelinhas e autoridades.

Recentemente, a equipe do Portal A TARDE flagrou um grupo de flanelinhas na Rua Adelaide Fernandes da Costa, durante um festival. Inicialmente reticentes, acabaram revelando suas dificuldades em lidar com as operações de fiscalização que têm se intensificado nos fins de semana. Um deles expressou sua frustração: “Já perdi quatro coletes pros cara… Mas acho que eles estão abusando do poder.”

Questionados sobre a coação aos motoristas, admitiram que alguns colegas podem agir de forma truculenta, mas garantiram que não todos. A complexidade dessa questão foi ressaltada por Tiago Guimarães, um engenheiro que observou: “A problemática dos guardadores de carro é séria. Algumas pessoas se sentem ameaçadas, e isso pode levar a incidentes de violência.”

Ele enfatizou a importância de uma abordagem cautelosa: “É preciso ter jogo de cintura para ajudar quem precisa trabalhar, porque a realidade é difícil.” E a questão financeira para os flanelinhas é significativa; dependendo do dia, eles podem ganhar entre R$ 300 e R$ 400, dependendo do número de carros que conseguem guardar.

Com a intensificação das operações da Transalvador e da Guarda Civil Municipal, as autoridades estão determinadas a coibir a extorsão em áreas públicas. Ubirajara da Cruz, encarregado das operações da GCM, afirmou: “Nossa operação visa extirpar a ação dos flanelinhas e garantir que as áreas de Zona Azul sejam respeitadas.” Nas ações recentes, equipados com coletes e cones, os guardadores ilegais foram confrontados, e ações legais já resultaram na prisão de alguns envolvidos em extorsões.

No último fim de semana, uma prisão notável foi realizada quando um homem foi detido por tráfico de drogas, enquanto atuava como flanelinha. Isso mostra a complexidade do cenário, onde atividades ilícitas intersectam com a luta por sustento.

Se você ou alguém que conhece já se sentiu coagido por flanelinhas ou presenciou cobranças abusivas, é importante agir. Não hesite em entrar em contato com os números 190 (Segurança Pública) ou 156 (Fala Salvador/Prefeitura) para relatar qualquer incidente. O combate a esse problema depende da consciência e da ação de todos nós. Compartilhe sua experiência ou opinião nos comentários e participe dessa discussão vital!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você