21 agosto, 2025
quinta-feira, 21 agosto, 2025

MP-BA detalha atuação de ex-diretora de presídio de Eunápolis para facilitar fuga de detentos

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Fuga de detentos

O cenário é sombrio. O Ministério Público da Bahia revelou uma trama complexa envolvendo a ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, e sua ligação direta com a fuga de 16 detentos. Na última semana, um documento detalhado denunciou não apenas as ações da ex-diretora, mas também os interesses financeiros por trás de suas decisões, que incluem o pagamento de R$ 1,5 milhão pela facilitação da fuga. Em um ousado plano, a ferramenta chave foi uma furadeira a bateria, utilizada pelos presos para abrir um buraco no teto da cela 44, evidenciando a conivência dos responsáveis pela segurança.

A denúncia descreve como Joneuma, em seu papel de confiança, atuou como intermediária nas atividades da facção Primeiro Comando de Eunápolis. Em troca de regalias e da omissão deliberada frente às práticas ilegais, ela recebeu uma quantia substancial. Para complicar ainda mais a situação, a ex-diretora e Ednaldo “Dada”, o líder da facção, pretendiam fugir para o Rio de Janeiro, protegidos pelo Comando Vermelho, um movimento que colocaria ainda mais fogo nas rivalidades entre organizações criminosas.

O envolvimento de Joneuma nos esquemas de lavagem de dinheiro também é alarmante. Usando uma identidade falsa, ela gerenciou transações que conectavam seus atos aos fluxos financeiros da facção. Documentos apreendidos em sua residência revelaram um verdadeiro labirinto de informações, incluindo CPFs e compras de itens de alto valor, como um Macbook, encontrado em sua posse.

Em um dia fatídico, 12 de dezembro de 2024, a audaciosa fuga aconteceu. Uma equipe fortemente armada invadiu o presídio, armada até os dentes com fuzis, e em meio ao caos, 16 detentos conseguiram escapar. A abordagem incluiu um ataque feroz contra os agentes penitenciários, resultando em tentativas de homicídio. O plano, meticulosamente organizado, revelou não apenas a fraqueza da segurança, mas um sistema corrompido em seu núcleo.

A estrutura da organização criminosa dentro do presídio era surpreendentemente eficiente, com a participação ativa de Joneuma e de outros servidores. Foram revelados detalhes sobre como internos eram promovidos a “correrias”, com acesso a áreas restritas. Com essa nova posição, a liberdade dos detentos aumentou, facilitando a execução do plano.

As investigações expuseram a cumplicidade de outros envolvidos. Welington Oliveira Sousa, coordenador de segurança, foi apontado como cúmplice, evitando ações que poderiam frustrar a fuga. Assim, uma divisão de tarefas habilidosa operou para garantir que o crime tivesse um avanço sistemático, ensaiando um roteiro onde cada um tinha seu papel definido.

Com um plano tão audacioso, surge a pergunta: quais serão as consequências para os envolvidos? Joneuma, Welington e Dada, cada um com suas respectivas funções e responsabilidades, enfrentam um cenário jurídico severo. À medida que as evidências são reunidas, o Ministério Público busca justiça, e a sociedade espera que tais episódios não sejam mais que um eco distante do que já se tornou rotina.

O que você pensa sobre essa situação alarmante? Deixe sua opinião nos comentários e vamos discutir como ações assim impactam a segurança e a justiça em nossa sociedade.

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