Nas últimas semanas, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, e seu irmão, Wander Pinto Júnior, se tornaram alvos de um desdobramento alarmante no cenário esportivo brasileiro. Após serem inicialmente acusados de fraude esportiva, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se manifestou novamente, buscando incluir um novo crime nas acusações: estelionato.
As suspeitas giram em torno de um episódio controverso ocorrido no Campeonato Brasileiro de 2023. Em uma partida contra o Santos, Bruno Henrique, supostamente, recebeu um cartão amarelo intencionalmente, ato que teria beneficiado uma aposta realizada por Wander a respeito de sua própria advertência. Essa jogada colocar-se-ia não apenas em xeque a integridade do atleta, mas também o futuro de ambos, com penas que podem variar de dois a seis anos de prisão por fraude esportiva.
A decisão do juiz Fernando Brandini Barbagalo em julho passado, que acatou parcialmente a denúncia, resultou em acusações mantidas apenas contra os irmãos e mais seis indivíduos, ao passo que o pedido de fiança de R$ 2 milhões foi rejeitado. A inclusão do crime de estelionato pode agravar ainda mais a situação deles, elevando a gravidade das penalidades em caso de condenação.
O caso, delineado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), revela que Wander incentivou Bruno a levar um cartão amarelo durante a partida, um fato planejado que, segundo a Polícia Federal (PF), foi comunicado a familiares após o jogo. Um amigo de Wander teve ainda o cuidado de divulgar essa informação em grupos de apostadores, resultando em apostas que culminaram em ganhos para aqueles que anteviram a advertência do jogador.
Esse episódio não apenas levanta sérias questões sobre a ética no esporte, mas também gera um debate acalorado entre torcedores e analistas. A repercussão continua a crescer, e suas consequências podem alterar radicalmente as estruturas do futebol nacional.
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