Na última quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deu início à Operação Calliphora II – Pour On, focando o combate a fraudes em licitações na Prefeitura de Pirassununga. Com apoio da Polícia Militar, os agentes realizaram buscas e apreensões em nove locais e decretaram a prisão temporária de cinco investigados, incluindo pessoas em Minas Gerais.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o esquema criminoso mexia na raiz do problema: os editais eram manipulados desde a fase inicial, restringindo a participação de concorrentes e, assim, garantindo o triunfo dos fraudadores.
Os mandados de busca foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Pirassununga, que também determinou o bloqueio de R$ 16,7 milhões em bens e valores relacionados a esses indivíduos e às empresas envolvidas nas fraudes. Um dos pontos destacados pelos promotores é que as empresas eram aliciadas com vantagens econômicas, fazendo com que desistissem de participar das licitações.
Depois da adjudicação, o esquema continuava, com alterações nos contratos que permitiam lucros ilícitos e a distribuição de vantagens financeiras entre seus membros. A operação não é nova; na primeira fase, foram denunciados o então prefeito, dois secretários, uma advogada e um empresário, evidenciando a profundidade do problema.
Nesta nova etapa, o foco recai sobre os gerentes das empresas centrais na fraude e aqueles que, utilizando empresas de fachada, simularam uma competição que nunca existiu. O envolvimento de um consultor jurídico e de agentes públicos na manipulação dos certames também está sendo analisado com seriedade.
O Metrópoles buscou um posicionamento da Prefeitura de Pirassununga sobre a operação, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.
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