25 agosto, 2025
segunda-feira, 25 agosto, 2025

MPSP pede que Moraes esclareça alcance de decisão sobre dados do Coaf

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Alexandre de Moraes

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, um esclarecimento crucial sobre sua recente decisão que suspendeu processos relacionados aos dados requisitados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial. Essa medida, segundo o MPSP, busca prevenir a paralisação de investigações e ações cautelares em andamento na primeira instância, que poderiam ser impactadas pela nova interpretação da lei.

A decisão do ministro Moraes surgiu a partir de um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Essa determinação suspendeu todos os processos que questionam as evidências obtidas pelo Ministério Público e pela polícia mediante o compartilhamento de dados do Coaf sem a devida autorização judicial. Tal ato se seguiu a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que havia proibido a solicitação de dados do Coaf por investigadores sem prévia aprovação do Judiciário.

A posição do STJ gerou efeitos em várias investigações pelo país, sendo que algumas delas já foram anuladas, embora outras tenham tido suas decisões revertidas pelo STF. O Supremo, reconhecendo a repercussão geral do tema, busca harmonizar a divergência de entendimento entre essas duas instâncias judiciais.

O MPSP destacou que, desde a deliberação de Moraes, as defesas começaram a multiplicar manifestações em processos criminais, buscando suspensões de investigações relacionadas a operações complexas. Além disso, pedidos de revogação de medidas cautelares, como prisões e bloqueios de bens, passaram a ser frequentes.

Nesse contexto, o MP paulista enfatiza a necessidade de que o ministro esclareça sua decisão para deixar claro que ela não deve afetar a continuidade das ações penais e investigações criminais já em curso. O entendimento equivocado pode ameaçar a efetividade do combate ao crime organizado.

O pedido do MPSP se torna não apenas uma manifestação de cautela, mas um apelo pela segurança jurídica e pela capacidade de se garantir justiça. Como você vê essa situação? Sua opinião é importante! Compartilhe seus pensamentos nos comentários.

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