O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou, na última segunda-feira (21), uma carta articulando uma cobrança direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a urgência da reforma agrária. Nomeada “Lula, cadê a reforma agrária?”, essa campanha nacional busca pressionar o governo a acelerar a criação de políticas eficazes para o desenvolvimento rural.
No documento, o MST descreve a reforma agrária como um instrumento crucial para salvaguardar a soberania nacional e alimentar. O movimento expressa preocupações com a morosidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, conduzido por Paulo Teixeira. Além disso, destaca a importância de dialogar diretamente com o presidente, sem intermediários. Atualmente, 122 mil famílias acampadas e 400 mil assentadas aguardam uma resposta do governo para melhorar a produção de alimentos e o desenvolvimento de seus lotes.
Além de criticar a lentidão do processo, o MST manifesta descontentamento com a recente aprovação de projetos que flexibilizam o licenciamento ambiental e permitem ações policiais sem ordem judicial em ocupações. Tais disposições também afetam normas que possibilitam a mineração e grandes obras em áreas de assentamento, gerando apreensão entre os trabalhadores rurais.
Em resposta, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar assegurou que, somente neste ano, cerca de 14 mil novos lotes foram disponibilizados para assentamentos. O ministério promete que, até o final de 2025, todas as famílias acampadas serão oficialmente reconhecidas. Embora reconheça a relevância do MST na luta agrária, o governo enfatiza o compromisso em atingir resultados históricos nessa área.
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