12 setembro, 2025
sexta-feira, 12 setembro, 2025

Mulher apontada como pombo-correio de chefão do PCC deixa prisão em SP

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Recentemente, a Justiça concedeu liberdade condicional a Maria Fernanda Antunes Martins, conhecida como a “Gordinha”, após a mulher ter sido presa sob a suspeita de atuar como “pombo-correio” para um notório traficante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Acusada de transportar recados entre o chefão da facção e o mundo externo, Maria Fernanda foi libertada sob a determinação de comparecer bimestralmente à Justiça e permanecer em casa durante as noites, após meses detida desde outubro do ano passado.

A decisão, assinada pelo juiz Rudi Hiroshi Shinen, reflete uma análise cuidadosa do caso. O magistrado levou em consideração os bons antecedentes da ré e o fato de ser primária, alinhando-se à favorável manifestação do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Embora possa parecer uma situação de liberdade, a história de Maria Fernanda revela um ecossistema de crime muito mais complexo.

De acordo com reports do Metrópoles, Maria Fernanda não era apenas uma simples mensageira. Sua função em visitas ao marido, Tiquinho, era crítica, pois ela não apenas levava recados, mas também gerenciava atividades de tráfico. Anotações em seu celular indicam o controle de transações ilícitas que chegaram a movimentar valores impressionantes, incluindo R$ 919.200 em conta e consideráveis somas em dinheiro.

O papel de Maria Fernanda com Tiquinho é exemplificado por sua capacidade de receber e transmitir ordens detalhadas sobre operações de narcotráfico, ajudando a manter operacionais os negócios da facção, mesmo enquanto seu marido estava atrás das grades. Essa comunicação constante era vital para a dinâmica do crime organizado, envolvendo também outros membros como Willian Ali Srour, conhecido como “Gordo”, que atuava como um dos principais colaboradores no controle financeiro da organização.

Gordo e Maria Fernanda mantinham uma relação de confiança, coordenando operações financeiras e assegurando que Tiquinho estivesse sempre atualizado sobre a movimentação do tráfico. Documentos e conversas interceptadas indicam que Gordo dependia de Maria para informações vitais e transações, revelando redes de apoio e gestão que amplificavam a atuação da facção.

Um dos personagens centrais nessa trama é Frango, um dos principais comparsas de Tiquinho e o único ainda foragido. Ele não só gerenciava a logística de entrega de drogas e dinheiro, mas também ajudava a cuidar das despesas de viagem de Maria Fernanda. Com essa teia de interações criminosas, estava claro que a liberdade da mulher não significava o fim de suas atividades, mas sim a continuidade de uma rede que ainda opera nas sombras.

A investigação aponta para um sistema financeiro robusto dentro da facção, com a participação de Frango na lavagem de dinheiro e no gerenciamento de despesas para garantir que advogados defendessem seus cúmplices. O ecossistema do PCC, visto aqui através do caso de Maria Fernanda, revela a complexidade e a profundidade das operações do crime organizado.

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