No final de julho, a Estação da Lapa em Salvador se tornou o palco de um importante mutirão que fez a diferença na vida de 285 pessoas vítimas de racismo e intolerância religiosa. Realizada nos dias 29 e 30, essa primeira edição da ação contou com a colaboração de diversas instituições, incluindo a Polícia Civil da Bahia, a Defensoria Pública do Estado (DPE-BA) e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi).
A Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (Decrin) registrou 18 boletins de ocorrência e realizou 40 oitivas, garantindo que cada voz fosse ouvida. Além disso, foram fornecidas 35 orientações e aplicados 32 questionários de avaliação para aprimorar os atendimentos. A Sepromi também contribuiu, aplicando 14 questionários e oferecendo 50 orientações sobre como denunciar atos de violência, além de encaminhar 10 pessoas ao Núcleo de Psicologia do Centro de Referência Nelson Mandela.
A Defensoria Pública destacou-se com 86 atendimentos jurídicos gratuitos, refletindo o comprometimento em assegurar que as vítimas obtivessem assistência adequada. Para além do suporte individual, o mutirão incluiu ações educativas, com distribuição de materiais informativos sobre diversidade e direitos, buscando conscientizar a sociedade sobre esses temas urgentes.
Os organizadores ressaltaram que o mutirão visou não apenas oferecer escuta qualificada, mas também fortalecer uma rede de enfrentamento ao racismo e à intolerância religiosa, por meio de uma abordagem humanizada e integrada. A denúncia de casos desse tipo pode ser feita em qualquer unidade da Polícia Civil na Bahia, sendo a Decrin uma das principais portas de entrada. Seu endereço em Salvador é Rua Padre Luiz Figueira, no Engenho Velho de Brotas, com horários de atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 14h às 18h.
Além disso, o Centro de Referência Nelson Mandela, localizado na Avenida Manoel Dias da Silva, nº 2177, Pituba, também oferece acolhimento e orientação, funcionando das 9h às 12h e das 14h às 18h. Para mais informações, ligue (71) 3117-7448.
Se você acredita na importância de iniciativas como essa ou se já enfrentou ou testemunhou situações de intolerância, compartilhe sua experiência ou opinião nos comentários. Sua voz pode ajudar a inspirar mudanças e promover a equidade e o respeito.