Em um cenário alarmante de aumento nos crimes financeiros, o advogado Diogo Oliveira, especialista em direito do consumidor, fez um alerta importante durante uma entrevista à Antena 1. Ele compartilhou uma história preocupante: uma vítima descobriu que golpistas abriram contas em seu nome em duas instituições financeiras, sem que tivesse conhecimento. O golpe aconteceu quando um terceiro, enganado pelos criminosos, transferiu valores para a conta inicial. Esses valores foram rapidamente redirecionados para uma segunda conta e desapareceram sem deixar rastros.
Oliveira destacou que esse tipo de fraude está se tornando comum, especialmente em bancos digitais que apresentam falhas em seus protocolos de segurança. “Ao receber a intimação, nossa primeira ação foi consultar o ‘Registrato’, um sistema do Banco Central que lista todas as contas e chaves PIX vinculadas a um CPF”, explicou. O relatório revelado no gov.br indicou que a primeira conta fraudulenta foi criada em 2024. “Se a vítima tivesse realizado verificações periódicas, poderia ter identificado a fraude antes e evitado muitos prejuízos”, avaliou.
Durante a conversa, a Antena 1 questionou Oliveira sobre como os criminosos conseguem obter dados pessoais e contornar sistemas bancários para criar chaves PIX. Ele esclareceu que, embora a chave vinculada ao CPF seja mais segura, modalidades relacionadas a e-mails se tornam alvos fáceis. “O banco valida a fraude ao enviar uma confirmação para o e-mail que o golpista criou”, detalhou o advogado.
Além disso, Oliveira enfatizou que instituições financeiras podem ser responsabilizadas por falhas na segurança. Ele mencionou decisões recentes do Tribunal de Justiça da Bahia, que condenaram bancos por permitirem a abertura de contas sem a autorizaçāo real do titular. Para quem já foi vítima, o advogado aconselha a agir com rapidez: é fundamental registrar um boletim de ocorrência, notificar o banco para bloquear contas fraudulentas e buscar indenizações judiciais.
Por fim, Oliveira deixou um alerta: “Realizar consultas periódicas no Registrato e optar por chaves PIX atreladas ao CPF são medidas simples, mas eficazes, que podem evitar importantes dores de cabeça no futuro.”
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