Após um dia de otimismo acentuado, marcado pelo anúncio do cessar-fogo entre Israel e Irã, as principais bolsas europeias surpreenderam ao inverter a tendência e fechar no vermelho nesta quarta-feira, dia 25 de junho. Os investidores, que anteriormente celebravam as boas notícias, agora observavam com cautela os desdobramentos da situação no Oriente Médio e os sinais econômicos da liderança dos Estados Unidos.
O índice Stoxx 600, um termômetro do desempenho de 600 empresas listadas na Europa, encerrou o dia em queda de 0,74%, alcançando 537 pontos. Na Alemanha, o DAX recuou 0,61%, fechando em 23,4 mil pontos, enquanto em Paris, o CAC 40 teve uma leve queda de 0,76%, registrando 7,5 mil pontos. Em Londres, o FTSE 100 perdeu 0,46%, com saldo de 8,7 mil pontos, e Madrid viu o Ibex 35 sofrer a maior desvalorização, caindo 1,59% e atingindo 13,8 mil pontos.
Enquanto isso, o cenário global estava em constante movimento. Os investidores permaneciam atentos ao cessar-fogo mediado pelos EUA, que trouxe uma pausa a um conflito devastador, deixando ao menos 634 mortos, incluindo 606 iranianos, e 28 israelenses. A violência da situação exigia cautela e provocou incertezas sobre o futuro. Além disso, a fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na audiência do Senado, continuava a ressoar entre os mercados. Powell, em seu discurso, chamou a atenção ao indicar que o Fed poderia esperar mais antes de considerar cortes nas taxas de juros.
O presidente do Fed destacou a necessidade de analisar o impacto das tarifas comerciais sobre a inflação antes de modificar a política monetária. “Os aumentos nas tarifas deste ano provavelmente elevarão os preços e pesarão sobre a atividade econômica”, alertou. Em adição, enfatizou que os efeitos inflacionários poderiam ser transitórios ou mais persistentes, mas que o Fed estava preparado para aguardar mais informações antes de agir.
Em um cenário de incertezas, onde as políticas financeiras estão em constante evolução, ficou claro que as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto, agendadas para os dias 29 e 30 de julho, podem ser decisivas. Os investidores esperam ansiosamente por novos direcionamentos que possam influenciar o futuro da economia americana e, consequentemente, seus efeitos globais.
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