18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

‘Nem trabalho com a hipótese de não resolver o tarifaço’, avalia Haddad

Compartilhe





Entrevista com Fernando Haddad

Em uma conversa reveladora, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discorreu sobre a iminência do tarifaço de 50% proposto pelo governo dos EUA. Para ele, essa medida não apenas carece de lógica econômica, como inflacionará o cotidiano dos norte-americanos. “Taxar itens essenciais, como suco e café, é incompreensível e prejudicial”, afirmou, destacando a necessidade de um diálogo antes da aplicação da tarifa, que deve entrar em vigor em 1.º de agosto.

No âmbito das relações comerciais, Haddad ponderou sobre a postura dos Estados Unidos diante do Pix, sistema de pagamentos brasileiro que, segundo ele, deveria ser um modelo a ser seguido. “Se o Pix pode baratear as transações financeiras, é incompreensível o que os EUA pretendem alcançar com essa investigação”, questionou o ministro.

Ao abordar a relação com o Congresso, Haddad expressou seu desejo de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se aproprie da proposta que isenta do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$ 5 mil. A expectativa é que essa reforma seja encarada como um legado do deputado, semelhante às reformas econômicas implementadas por seus antecessores.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

1. Investigação Comercial: Ao ser indagado sobre a nova investigação dos EUA, Haddad ironizou: “Deve ter sido por minha causa, trabalhei 18 anos lá na Rua 25 de Março…”

2. Reação Governamental: O ministro ressaltou que o governo está analisando os motivos por trás da alta taxação e que, antes da proposta dos EUA, já havia tentado um acordo de tarifas mais baixas. “Se havia espaço para negociação com 10%, qual o motivo dessa mudança drástica?

3. Ecossistema do Pix: Em defesa do sistema de pagamentos, Haddad argumentou que os EUA deveriam adotar o Pix ao invés de taxá-lo. “Estamos criando uma tecnologia nacional que melhora transações financeiras e reduz custos, e é difícil entender essa hostilidade.”

4. O que está realmente por trás? Para o ministro, a decisão dos EUA revela uma vulnerabilidade do Brasil, aproveitando tensões políticas internas. “É uma grande oportunidade para os EUA pressionarem o Brasil, explorando divisões políticas aqui.”

5. Impactos Econômicos: Questionado sobre possíveis danos à economia brasileira, Haddad focou em como a produção internacional é interdependente. “A produção de um avião da Embraer, por exemplo, depende de componentes americanos. A taxação vai parar fábricas lá fora e encarecer o dia a dia dos cidadãos.”

6. Prazo de Negociação: O ministro defendeu um trabalho rápido, pois contratações não esperam. “Se tardes muito na decisão, perderemos oportunidades. O ideal é uma força-tarefa que agilize negociações para minimizar danos.”

7. Percepções Políticas: Haddad insinuou que a extrema direita brasileira, ao invés de materializar suas aspirações políticas, pode se dar conta de que essa rivalidade com os EUA é prejudicial para os brasileiros. “Não podemos sacrificar o futuro do nosso país por interesses pessoais.”

8. Diplomacia e Negociações: Ao ser questionado sobre a posição de Bolsonaristas de se envolver na solução da crise, Haddad defendeu a unidade nas negociações e o fortalecimento das instituições. “Precisamos agir como um só Brasil, sem divisões que só complicam o que deve ser resolvido.”

9. Investigação Comercial e Respostas: O ministro finalizou afirmando que a posição do Brasil é de esclarecimento e que a hostilidade em relação ao Pix é um exemplo de pouca compreensão sobre a economia global.

10. Justiça Tributária: Quando questionado sobre medidas de equidade fiscal, Haddad foi direto sobre a necessidade de revistar brechas que enriqueceram poucos em detrimento de muitos, como a situação das Bets que deixaram de pagar impostos durante o governo anterior.

A conversa com Haddad revela não apenas as tensões atuais entre Brasil e EUA, mas também a visão crítica e estratégica necessária para enfrentar desafios globais. Comente abaixo o que você acha das declarações do ministro e como isso pode impactar a economia brasileira!


Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você