Na última sexta-feira, Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, não hesitou em rotular como uma “mentira descarada” a declaração da ONU que alertou para a fome extrema em Gaza. As palavras de Netanyahu surgem em resposta a um relatório da Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), com sede em Roma, que apontou que 500 mil pessoas na região estão enfrentando uma situação “catastrófica”. Ao se pronunciar, ele reforçou que “Israel não tem uma política de fome” e enfatizou esforços de ajuda humanitária enviados à Faixa de Gaza mesmo durante o conflito.
A ONU, por sua vez, confirmou oficialmente a existência de um cenário de fome em Gaza, apontando que essa crise é o resultado de meses de advertências não atendidas. Os especialistas destacaram que áreas específicas, como Deir al Balah e Khan Yunis, serão ainda mais afetadas até o fim de setembro. O complexo contexto da região continua a se agravar, levantando sérias preocupações humanitárias.
Em um forte pronunciamento, Tom Fletcher, diretor de ajuda humanitária da ONU, expressou que a crise alimentar poderia ter sido evitada. Ele critica a “obstrução sistemática de Israel” que impede a passagem de alimentos, ressaltando a urgência da situação ao afirmar: “Esta é uma fome que poderíamos ter evitado se nos tivessem permitido. Mas os alimentos se acumulam nas fronteiras.” Fletcher concluiu alertando que essa realidade é um alerta que “nos atormentará a todos”. O futuro da população de Gaza é incerto, mas a necessidade de ação e solidariedade é mais clara do que nunca.
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