Afirmação do premiê israelense ocorreu em meio a discussões sobre um plano de paz proposto por Trump, que ainda não foi aceito pelo grupo Hamas
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Benjamin Netanyahu e Donald Trump falam em coletiva sobre o plano de paz para o Oriente Médio
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que não aceitou a criação de um Estado palestino durante uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Esta afirmação ocorreu em meio a discussões sobre um plano de paz proposto por Trump, que ainda não foi aceito pelo grupo Hamas. O plano sugere um caminho para a soberania palestina. O texto, que ainda está sendo debatido, foi mal recebido por alas conservadoras em Israel, incluindo a coalizão governista de Netanyahu.
Os ministros Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich expressaram preocupações de que a proposta de Trump possa comprometer a segurança de Israel e dos judeus na região, especialmente em relação aos assentamentos na Jordânia — considerados ilegais pelas leis internacionais. Eles comparam o plano aos acordos de Oslo de 1993, que também geraram controvérsias. Apesar das divergências, Netanyahu concordou com boa parte do texto apresentado pelos Estados Unidos, mas ressaltou que, se o Hamas aceitar o plano, não haverá como voltar atrás.
O grupo terrorista islâmico ainda não respondeu oficialmente à proposta, mas fontes indicam que não está disposto a abandonar a luta armada e as atividades terroristas. Essa resistência pode inviabilizar o acordo e a paz na região, especialmente diante da crescente pressão internacional. Há a possibilidade de que o presidente Trump endureça contra o Hamas caso haja rejeição da proposta.
*Com informações de Luca Bassani