
O cenário em Gaza se torna cada vez mais tenso com a anunciada intenção do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de ordenar uma ocupação total da região. Essa decisão surge em meio a novas revelações sobre reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas, aumentando as preocupações e os riscos nas negociações que se arrastam.
Recentemente, o Hamas divulgou um vídeo com um refém israelense, reforçando a urgência da situação. Uma fonte do gabinete de Netanyahu confirmou ao The Jerusalem Post que a ocupação total foi decidida, apesar das objeções expressadas por diversos altos militares das Forças de Defesa de Israel (FDI). A tensão entre Netanyahu e o chefe do Estado-Maior, General Eyal Zamir, se intensificou, fraquejando a confiança interna nas diretrizes do governo.
O receio entre os militares é que, durante o avanço das tropas, vidas de reféns possam ser perdidas, reminiscente do que ocorreu em agosto de 2024, quando seis reféns foram mortos. Apesar dessas advertências, a determinação do governo é clara: “A sorte está lançada — vamos ocupar totalmente a Faixa de Gaza”, declarou um membro do gabinete. A inquietação se estende também às famílias dos reféns, que temem a segurança de seus entes queridos frente a uma expansão militar.
Ademais, pressionados por ministros da extrema direita e aliados ultrarreligiosos, os desejos de capturar toda a Faixa de Gaza e deportar a população palestina se tornaram parte da agenda do governo. Discussões acaloradas entre o General Zamir e esses ministros são frequentes nas reuniões do Gabinete de Segurança.
Contudo, a oposição não vem apenas de dentro dos muros do governo. Um apelo lançado por mais de 500 ex-funcionários de segurança israelense, incluindo ex-chefes do Mossad e do Shin Bet, clama ao presidente americano para que pressione Netanyahu a interromper a guerra. “Parem a guerra em Gaza!” é a mensagem clara dessa carta, refletindo um grito de desespero por uma solução.
Famílias de reféns manifestam sua indignação em relação à estratégia militar de Netanyahu. O Fórum de Famílias de Reféns denunciou que, em meio a promessas de resgatar os sequestrados, o primeiro-ministro “leva Israel à ruína”. Estimativas recentes apontam que dos 251 reféns sequestrados, 49 ainda permanecem em cativeiro, com a trágica possibilidade de que 27 deles já tenham perdido a vida.
A guerra se intensificou desde a ofensiva do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em mais de 1.200 mortos, a maioria civis. Israel, em sua retalição, já perdeu mais de 60 mil vidas em Gaza, conforme dados do Ministério da Saúde local, que recebe credibilidade da ONU. O ciclo de violência impressiona e leva a comunidade internacional a questionar as ações que podem mudar o rumo desse conflito.
Como você enxerga essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão essencial.