Em um cenário político fervilhante na Bahia, o deputado Nilton Bastos Júnior, carinhosamente conhecido como Niltinho, voltou a levantar questões sobre a recente federação entre o União Brasil e os Progressistas. Em sua visão, a união ainda é mera “especulação” e, mais importante, contraria os interesses de uma parte significativa da bancada progressista na Assembleia Legislativa da Bahia.
Nesta terça-feira (5), na primeira sessão oficial do ano após o recesso parlamentar, Niltinho não hesitou em destacar que a oficialização dessa federação depende do crivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Embora já se tenha falado sobre isso nos últimos meses, a concretização só ocorrerá com a entrada do processo no TSE. Para mim, é apenas um desejo individual por enquanto”, afirmou com firmeza.
O deputado também abordou a divisão interna do partido, revelando que muitos, como o presidente estadual Mário Negromonte Júnior, já manifestaram sua contrariedade à federação. “Primeiro vem o desejo de manter a coligação com o Governo do Estado, liderado por Jerônimo Rodrigues. E, se essa federação não se concretizar, tenho certeza de que a discussão sobre o Progressistas integrar a base do governo voltará à tona”, disse Niltinho.
Ele ainda ressaltou que, caso a federação seja homologada, isso implicaria a busca de uma nova legenda por parte dos deputados estaduais que não concordam com a união. “Todos nós estamos alinhados: se a federação se concretizar, partiremos juntos em busca de um novo partido”, garantiu o parlamentar, reafirmando a união de propósitos dentro da bancada.
Sobre a complexidade do processo político, Niltinho usou uma metáfora poderosa. “A política é como uma nuvem: pode trazer chuva em um momento e cobrir o sol em outro. Embora falem da fusão, a verdade é que interesses divergentes podem surgir a qualquer instante”, refletiu. E mais, sua análise se estendeu ao futuro político à luz do Governo Lula, levantando questões sobre a participação do Progressistas e União Brasil nas esferas de poder.
“As decisões sobre ministérios e a relação com o governo são cruciais. Ambas as legendas possuem ministérios no governo Lula e o apoio do presidente, que retoma sua popularidade. Precisamos entender como isso impacta as participações históricas em governos”, completou, deixando claro que a situação ainda é delicada e requer atenção.
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