O incêndio no CT do Flamengo, que resultou na trágica perda de dez jovens atletas, ainda ressoa profundamente na sociedade brasileira. Após a recente absolvição de sete réus envolvidos, as famílias das vítimas se manifestaram, expressando seu “profundo e irrevogável protesto” contra a decisão da Justiça. Para eles, essa não é apenas um caso isolado, mas uma questão que envolve a segurança de crianças e adolescentes em instituições esportivas.
A Associação dos Familiares de Vítimas do Incêndio do Ninho do Urubu (Afavinu) deixa claro que a Justiça deve ir além da mera aplicação da lei, servindo como um mecanismo pedagógico vital. “Negligências de segurança e irresponsabilidades devem ser tratadas com severidade, para que novas tragédias não aconteçam”, afirmam. Esse clamor ecoa como um alerta sobre as falhas que ainda permeiam a segurança nos alojamentos de jovens atletas.
O juiz Tiago Fernandes Barros considerou a ação improcedente, mesmo após o Ministério Público do Rio de Janeiro ter apresentado mais de 40 testemunhas. Entre os inocentados estavam Márcio Garotti, diretor financeiro durante a gestão do clube, e engenheiros responsáveis pela estrutura do lugar, deixando um sentimento de impunidade entre os familiares.
A nota da Afavinu reitera a fragilidade da proteção à vida em entidades esportivas, ressaltando que as vítimas – adolescentes em formação – estavam em contêineres sem alvará e com condições inseguras. Sua esperança é que essa decisão seja revista, e que o processo seja acompanhado de perto pelos órgãos competentes, para enviar uma mensagem clara à sociedade de que tais negligências não são aceitáveis.
Além do luto e da dor, a pintura da memória dos jovens não se apagará. A associação exige rigor nas fiscalizações e a implementação de auditorias frequentes, para que tragedias como a do Ninho do Urubu jamais se repitam. Para eles, é vital que a paixão pelo futebol se transforme em um compromisso com a vida e com um futuro mais seguro.
A AFAVINU conclama a sociedade, a imprensa e os órgãos de direitos humanos a se unirem nessa luta, enfatizando que a segurança de crianças e adolescentes não pode ser tratada com descaso. A vida dos jovens atletas é inestimável, e o verdadeiro espírito esportivo deve se basear em valores de empatia e responsabilidade. Vamos juntos garantir que o futebol continue sendo motivo de celebração, e não de luto. Sua voz é importante; compartilhe suas opiniões e reflexões para que essa conversa nunca pare.