
Em um desdobramento significativo de um caso envolto em mistério e tensão, a Operação Dupla Face foi deflagrada nesta terça-feira (1º) pela Polícia Civil e o Ministério Público da Bahia. Esta ação surgiu a partir de dois eventos alarmantes: a fuga no Conjunto Penal de Eunápolis, em dezembro, e o atentado a tiros contra o diretor da unidade, ocorrido em maio. Tais incidentes desencadearam uma investigação meticulosa, resultando na apuração de uma organização criminosa com atuação marcante na região.
Os alvos da operação foram encontrados no presídio de segurança máxima de Serrinha, onde criminosos, transferidos após a interdição do Conjunto Penal de Eunápolis, se encontram sob vigilância. Os mandados, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Eunápolis, visam membros de uma facção envolvida em homicídios, tráfico de drogas e, claro, nos ataques à unidade prisional.
Um dos resultados mais impactantes da operação foi a prisão do advogado Heraldo Silva de Souza, inscrito na OAB de Serrinha. De acordo com as investigações, sua participação na organização vai além do que se poderia imaginar, exercendo um papel fundamental ao gerenciar recursos ligados ao tráfico, além de cobrar metas semanais e prestar contas aos líderes do grupo.
A polícia também investiga se Heraldo teve papel ativo na articulação tanto da fuga quanto do atentado ao diretor do presídio. Até o momento, a OAB não se manifestou sobre a prisão do advogado, mas a situação levanta questionamentos profundos sobre a ligação entre atividades legais e o crime organizado.
A Operação Dupla Face reflete a eficácia do trabalho conjunto entre a Polícia Civil e o Ministério Público, que, através de informações compartilhadas e investigações detalhadas, têm avançado na identificação dos principais envolvidos e na elucidação de um esquema criminoso que permeia o sistema prisional. A narrativa de corrupção e crime organizado continua a se desdobrar, e novos capítulos estão por vir.
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