26 agosto, 2025
terça-feira, 26 agosto, 2025

Justiça afasta advogado do lar após vídeo revelar agressões contra filho autista de 10 anos em Itamaraju

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No extremo sul da Bahia, um caso alarmante chocou a comunidade de Itamaraju: um advogado foi afastado de casa após graves denúncias de agressões diretas a seu filho de 10 anos, que vive com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno Opositor Desafiador (TOD). A decisão do Poder Judiciário, que atendeu ao pedido do Ministério Público, foi fundamentada em evidências contundentes, incluindo um vídeo perturbador que expõe a violência sistemática contra a criança.

A mãe, que prefere permanecer anônima para proteger o filho, relatou que as agressões vinham acontecendo há mais de três anos, intensificando-se nos últimos meses. A vulnerabilidade da criança, dada sua condição especial, tornou-a especialmente suscetível à violência, dificultando sua capacidade de defesa e comunicação.

Um vídeo crítico revela a brutalidade do advogado: nas imagens, é evidente que ele usa força excessiva durante um episódio de desregulação emocional, ignorando práticas adequadas para manejar crianças autistas. Especialistas salientam que abordagens terapêuticas são essenciais para o desenvolvimento saudável desse tipo de criança e que a violência física prejudica severamente esse processo.

A magistrada que lidou com o caso impôs medidas restritivas rigorosas ao advogado, que incluem:

  • Afastamento imediato do lar onde reside a criança;
  • Proibição de aproximação a menos de 300 metros;
  • Proibição de qualquer tipo de contato, seja pessoalmente ou digitalmente;
  • Suspensão temporária do direito de visitas;
  • Participação obrigatória em um programa de reeducação para agressores.

Descumprir essas normas pode levar à prisão preventiva, como alertado pelo juiz responsável. Além disso, o advogado também pode enfrentar sanções disciplinares na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) devido à gravidade das acusações. A Comissão de Ética e Disciplina da OAB-BA já está ciente do caso e poderá tomar medidas que vão desde censura até a exclusão da profissão.

A situação da criança é extremamente delicada: os relatos indicam sinais de estresse pós-traumático, regresso a comportamentos infantis e pesadelos frequentes. A Vara da Infância e Juventude garantiu que a criança terá acompanhamento psicológico e multidisciplinar, com relatórios regulares sendo enviados ao juízo.

O Ministério Público está comprometido em monitorar o cumprimento das medidas protetivas e pode formalizar uma denúncia por violência doméstica contra vulnerável, que implica penas severas. É crucial que a sociedade esteja atenta e se posicione contra a violência, especialmente em casos como este, que envolvem os mais vulneráveis.

O que você pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias sobre como proteger as crianças e garantir um ambiente seguro para todos.

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