Teixeira de Freitas, Bahia, foi palco de uma audiência de conciliação que se transformou em um verdadeiro escândalo. No dia 31 de julho, a videoconferência mediada pela conciliadora revelou a conduta totalmente reprovável do advogado e ex-vereador Arnaldo Ribeiro, carinhosamente conhecido como Arnaldinho. Sua atuação, que deveria ser pautada pela ética, foi amplamente criticada tanto por colegas da advocacia quanto pela comunidade.
Inicialmente, a audiência tratava de um divórcio litigioso, mas a inesperada decisão do casal de se reconciliar apresentou um novo cenário. Contratada para representar a mulher, Arnaldinho não aceitou a escolha dos clientes e rapidamente transformou a audiência em um confronto acalorado.
Durante a sessão, a Sra. Andréia fez questão de manifestar sua vontade de revogar o mandato do advogado, deixando claro que não desejava prosseguir com o divórcio. “Eu não quero mais ele como meu advogado. Estou manifestando aqui, não quero, e ele está ciente da minha decisão”, ressaltou, visivelmente incomodada com a postura do advogado.
Em resposta, a conduta de Arnaldinho foi desrespeitosa e agressiva. Ele ignorou totalmente os desejos da cliente e partiu para ataques pessoais, não só contra ela, mas também contra o ex-marido, acusando-o de ser um “agressor de mulher”. Ameaçando denunciá-lo à Corregedoria da Caixa Econômica Federal, o advogado ultrapassou todos os limites do profissionalismo.
A situação se agravou ainda mais quando ele começou a exigir, em tom ameaçador, o pagamento de seus honorários. “Vou juntar meus honorários, dois salários, ela vai pagar”, disse ele, acrescentando acusações de desonestidade à mulher. Durante a sessão, chegou a mencionar um suposto passado de amizade com a família de Andréia, insinuando situações profundamente pessoais e desconfortáveis.
A conciliadora, diante da escalada da tensão, precisou intervir e desligar o microfone do advogado para reestabelecer a ordem. Andréia reiterou sua vontade de desistir do processo, enfatizando: “Estou devendo a ele, estou. Eu vou pagar, mas eu não quero mais continuar, desistência total. Ninguém vai passar acima da minha vontade, não”.
A repercussão desse incidente levantou discussões calorosas sobre a ética na advocacia. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem normas claras que proíbem qualquer forma de ameaça ou desrespeito à vontade do cliente. A atuação de Arnaldinho não apenas fere os princípios éticos da profissão, mas também coloca em dúvida a integridade de sua prática.
O vídeo da audiência circula em diversas plataformas, não só como um exemplo de um episódio lamentável, mas também como um alerta sobre a importância da ética e do respeito na prática jurídica. Que este caso sirva de reflexão para todos os profissionais da área.
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