O clima de terror e medo volta a assombrar a Costa do Descobrimento. Nesta segunda-feira (8), o corpo de Sara Cristina Ferreira de Souza, de apenas 18 anos, foi localizado em uma estrada vicinal próxima à BR-367, no distrito de Pindorama, em Porto Seguro. A jovem foi encontrada decapitada e com apenas dois dedos em cada mão, sinal que, segundo a polícia, pode estar ligado a uma referência de facção criminosa.
A vítima apresentava múltiplas perfurações por instrumento cortante, além da mutilação extrema. A cabeça não foi localizada. Familiares relataram que Sara havia saído no último sábado (6) para uma festa de paredão no bairro Paraguai e chegou a mandar mensagem para a mãe durante a madrugada, dizendo que estava bem. Depois disso, não houve mais contato. Ela morava no bairro Parque Ecológico e deixa uma filha de apenas quatro meses.
O caso se soma a uma sequência de crimes de crueldade sem precedentes. Em menos de uma semana, a cabeça de outra jovem, de 22 anos, foi abandonada dentro de uma sacola em Eunápolis, acompanhada de um bilhete com referências a facções criminosas.
As autoridades investigam se os crimes fazem parte de uma escalada de violência motivada pela associação de facções do Sudeste com grupos locais, que tem imposto um rastro de medo e sangue na região.
A brutalidade dos últimos episódios expõe uma realidade alarmante: a crescente influência do crime organizado na Bahia, que avança sobre cidades do interior e desafia a segurança pública com execuções cada vez mais macabras e simbólicas.