Um confronto de facções transformou as ruas de Eunápolis num cenário de brutalidade sem precedentes. Na noite de segunda-feira (29 de setembro), um homem identificado como Márcio Gleudison Batista dos Santos (40 anos), foi decapitado em plena via pública, num crime que choca pela crueldade e pela forma como foi exposto.
Os vídeos que circulam em grupos de WhatsApp mostram a vítima ainda com vida, amarrada e ferida no asfalto, após ter sido lançada de um carro. Minutos depois, os criminosos retornaram, ordenaram que as pessoas se afastassem e, diante das câmeras, realizaram a execução com golpes de facão. A cena foi registrada e acompanhada de gritos que ecoaram como mensagem de terror: “alemão não tem vez”.
A polícia encontrou cápsulas de pistola calibre .40 no local e aponta que este não é um caso isolado. Execuções filmadas tornaram-se um método de intimidação entre facções, servindo como demonstração de poder e espalhando pânico entre moradores.
A brutalidade não apenas revela a escalada da violência, mas também evidencia a capacidade do crime organizado de desafiar o Estado e transformar a cidade em território de medo e silêncio. Até a manhã desta terça-feira (30), nenhum familiar havia comparecido ao IML para reconhecer o corpo.
Eunápolis, mais uma vez, se vê refém de uma guerra sem limites, onde a barbárie é utilizada como instrumento de ameaça e dominação.