19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

Polícia civil promove ação contra “tribunal do crime”, que ordenou morte de adolescente em Itamaraju

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A polícia Civil de Itamaraju deu um passo crucial no caso que chocou a cidade: o homicídio da adolescente Weslainy de Jesus Santana, de apenas 17 anos, vítima de um cruel “tribunal do crime”. Nesta quinta-feira (23), foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva contra suspeitos já detidos no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, marcando o encerramento das investigações.

Weslainy desapareceu em 10 de agosto de 2024 e foi encontrada morta cinco dias depois, boiando nas águas do Rio Jucuruçu, no bairro Liberdade. O que parecia ser um trágico caso de afogamento revelou-se um homicídio planejado com frieza. A jovem foi atraída por uma adolescente de 15 anos até o local onde Ronald Goncalves Guimarães (18 anos), a aguardava para uma emboscada. Após ser esganada, Weslainy tentou fugir, mas foi alcançada e afogada pelo executor.

As investigações expuseram o envolvimento de lideranças do tráfico de drogas que, de dentro do Conjunto Penal, ordenaram a morte da adolescente. Numa ligação de vídeo, os detentos Kauan Barboza Barreto (21 anos), e Carlos da Conceição Cabral (22 anos), deram a ordem de execução, com o apoio de Caique dos Santos Silva (19 anos), responsável por intermediar a comunicação no local do crime.

A motivação?

Retaliação contra Weslainy, acusada de colaborar com as autoridades no combate ao tráfico.

A operação que desvendou o caso também destacou a reincidência de alguns envolvidos. Ronald, preso em dezembro de 2024 por tentativa de homicídio, e Caique, detido por tráfico de drogas, já estavam sob custódia. A apreensão da adolescente cúmplice ocorreu pouco depois.

Com as prisões e o envio do inquérito à Justiça, resta a reflexão sobre o impacto do crime organizado e o peso de suas ações sobre comunidades como Itamaraju. Weslainy foi silenciada, mas sua morte evidencia a necessidade urgente de combater o poder paralelo que impera em algumas regiões.

A Justiça agora terá a missão de responsabilizar os culpados e, quem sabe, trazer algum alívio à família da jovem, que carrega as cicatrizes de uma tragédia que jamais deveria ter ocorrido.

FONTE: Delegacia Territorial de Itamaraju

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