Teixeira de Freitas registrou mais um episódio trágico e revoltante da violência urbana que tem deixado a população em constante estado de alerta. Na manhã desta quarta-feira (16 de julho), Maria Lourdes Teixeira dos Santos (49 anos), foi morta por uma bala perdida, ao ser atingida no peito enquanto abria a garagem de sua casa, no bairro Liberdade II.
O disparo fatal aconteceu durante uma perseguição criminosa. Segundo testemunhas, um homem fugia de dois indivíduos armados numa motocicleta. Ao tentar se esconder, ele invadiu a residência de Maria Lourdes. Os criminosos dispararam várias vezes ,dois tiros acertaram o portão da casa e um atingiu em cheio o peito da vítima, conforme constatado pela perícia técnica.
A vítima, natural de Itanhém e mãe de cinco filhos, não tinha qualquer envolvimento com o crime, segundo a Polícia. Morreu no local, sem sequer compreender o que estava acontecendo.
A 87ª CIPM isolou a área imediatamente, e a equipe do Departamento de Polícia Técnica recolheu estojos de munição calibre .380. O caso será investigado, mas para a comunidade o sentimento é de revolta e impotência.
Quantas vidas ainda serão sacrificadas até que se enfrente de forma real e eficaz a escalada da criminalidade em Teixeira de Freitas? A população exige ações concretas e imediatas. Não é mais aceitável conviver com o medo, a indiferença do poder público e o sangue inocente derramado nas calçadas das nossas casas.
Maria Lourdes agora é mais um nome numa estatística cruel, mas para sua família, ela era tudo: mãe, mulher, trabalhadora, vítima da falência da segurança pública. A pergunta que ecoa nas ruas da cidade é direta: quem será o próximo?