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A disputa por terras no bairro Lagoa Grande, em Prado, ganhou novos capítulos nesta quinta-feira (30 de outubro). Líderes do movimento que ocupam a área, alvo de um processo judicial, foram mobilizados a prestar esclarecimentos às autoridades após a empresa Bahia Costa Sul Empreendimentos LTDA (BASEVI) reivindicar a posse do terreno, com base em um documento de doação datado da década de 1970.
A convocação dos representantes gerou forte reação popular. Centenas de apoiadores acompanharam os líderes até o local do depoimento, num ato que evidenciou a crescente tensão social em torno da causa. Um vereador de Prado chegou a registrar boletim de ocorrência e a mobilizar o Ministério Público, o que ampliou o debate político sobre o tema.
Após prestarem esclarecimentos e serem liberados, os manifestantes marcharam até a prefeitura, cobrando do prefeito um posicionamento concreto. Sob o grito de “não somos 7, somos mais de 1000”, o grupo expressou repúdio ao relatório apresentado na Câmara de Vereadores, usado como base para a revogação da suspensão da reintegração de posse.
Os líderes também exigem que documentos fiscais da área sejam vistoriados e encaminhados como provas no processo de reivindicação de posse. Enquanto isso, famílias seguem erguendo moradias no local, afirmando lutar não apenas por um pedaço de chão, mas pela dignidade de manter seu lar.
O impasse, que mistura interesses empresariais, omissão política e clamor popular, reforça um debate urgente sobre direito à moradia e justiça social em Prado.
