Mais de 150 dias se passaram desde as eleições, mas o que deveria ser um governo consolidado ainda vive à sombra da campanha eleitoral. Funcionários são instados a demonstrar fidelidade, seja por meio de marcações constantes nas redes sociais do gestor ou pelo temor de represálias (governo decrépito). Um ambiente de sabujice, onde a administração pública se confunde com o culto à personalidade do governante.
Mas a instabilidade nos bastidores começa a transbordar. Na manhã desta terça-feira (11 de março), o Diário Oficial trouxe mais um capítulo dessa dança das cadeiras: o DECRETO de exoneração N° 169/2025 marcou a saída da secretária de meio ambiente, sem explicações formais. Nos corredores do poder, fala-se em desavenças políticas e um desgaste irreversível.
Dias antes, o DECRETO de exoneração N° 165/2025 já havia rebaixado o antigo coordenador envolvido no escândalo da gasolina, um episódio que manchou a gestão anterior e gerou desconfiança popular.
O governo, que chegou ao poder com uma vitória esmagadora, agora colhe os frutos amargos da impopularidade. O que deveria ser uma gestão marcada por inovação e mudanças estruturais, se revela pouco ousada e previsível, com medidas administrativas que mais parecem tentativas de conter incêndios políticos.
Diante desse cenário, a pergunta que fica é: quem será o próximo a cair?